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Imagem: Reprodução/Folhapress |
A meta financeira do Hemlis, de US$ 100 mil, foi atingida 36
horas depois do lançamento da campanha, iniciada na terça (9) e encerrada na
sexta (11) com doações de 10,4 mil pessoas e um montante de US$ 151 mil em dólares
e na moeda digital bitcoin.
Também na semana passada, o jornal britânico
"Guardian" revelou que a Microsoft colaborou com o governo americano
ao propiciar o acesso a informações trocadas por usuários do Skype, que tem 663
milhões de usuários, o que levantou maiores questionamentos sobre a privacidade
de serviços on-line.
Sem data
Prometido inicialmente para dispositivos com Android e com
iOS (outras plataformas também ganharão versões), o Hemlis ainda não tem data
para ser lançado. "A resposta simples é que será lançado quando estiver
pronto", dizem os criadores.
O estudante de ciências da computação Vinicius Mariani
Merola, 20, conta que colaborou com US$ 100 (cerca de R$ 225) para ajudar a
bancar o projeto. "Como também sou desenvolvedor, sei que todo tipo de
informação pode e deve ser criptografado", diz.
Com o valor que concedeu, o estudante terá acesso a 10
códigos para desbloquear as funções extras do Hemlis, como envio de imagens,
que serão cobradas de usuários.
Merola, que atualmente usa o Skype e o WhatsApp para trocar
mensagens, diz confiar mais em projetos como o Hemlis do que em grandes
empresas. "Confio particularmente no trabalho do Peter Sunde, que, desde
quando administrava o Pirate Bay, sempre defendeu a privacidade dos
internautas."
Túnel secreto
O Hemlis, que significa segredo em sueco, usará as
tecnologias de transmissão com tunelamento criptografado e o protocolo MPLS,
que podem assegurar a privacidade das mensagens trocadas.
O serviço usará somente os servidores controlados pelo
projeto, já que a terceirização poderia propiciar interceptação ou espionagem.
A princípio, o código não será aberto.
Além de Sunde, participam da iniciativa Leif Högberg e Linus
Olsson, ambos do Flattr, serviço de remuneração para conteúdo da web.
Outro cofundador do site de downloads, Gottfrid Svartholm,
foi alvo de perseguição do governo da Suécia, foi condenado por fraude e
transações bancárias virtuais ilícitas e atualmente cumpre pena de dois anos.
Imagem: Folhapress |
Do S1 Notícias
Folha