Segundo documentos, líder sul-africano respira por
aparelhos.
Familiares fizeram queixa contra neto que exumou restos de seus pais.
A família de Nelson Mandela teme "uma morte
iminente" do ex-presidente, que está há mais de uma semana em estado
crítico, segundo documentos judiciários consultados nesta quarta-feira pela
imprensa sul-africana.
"Ele respira por aparelhos (...) A expectativa de uma
morte iminente está baseada em motivos reais e graves", escreveram quinze
membros da família - incluindo sua esposa Graça Machel e sua filha mais velha
Makaziwe - na queixa apresentada contra Mandla, o neto de Mandela que exumou os
restos mortais de três filhos do herói da luta contra o apartheid.
A queixa foi apresentada ao tribunal na sexta-feira, mas só
se tornou pública nesta quarta, segundo a agência de notícias Sapa. 'Sua saúde
está em perigo', escreveram.
"Os requerentes desejam enterrar seu pai (...) na terra
onde estão os restos mortais de seus antepassados e descendentes",
acrescentaram, segundo o site do jornal Mail & Guardian.
Justiça sul-africana rejeitou nesta quarta os
argumentos do neto, que se nega a repatriar os restos mortais de três filhos do
ex-presidente para Qunu (sul), a aldeia onde Mandela passou a infância e deseja
ser enterrado.
Os filhos de Mandela haviam sido enterrados em Qunu, mas
Mandla, neto mais velho e chefe do clã de Mvezo, os exumou e os enterrou em sua
aldeia contra a vontade da família, que apresentou uma queixa judicial.
O estado de saúde do Prêmio Nobel da Paz 1993, que
completará 95 anos em breve, é descrito há mais de uma semana como
"crítico, mas estável". Ele foi hospitalizado em 8 de junho devido a
uma infecção pulmonar recorrente.
Do S1 Notícias
France Presse/G1