Nessa segunda feira a presidente Dilma Rousseff recebeu no
Palácio do Planalto, um grupo de 15 cantoras e líderes evangélicas, como Ana
Paula Valadão, bispa Sônia Hernandes e Bruna Karla. O encontro faz parte de uma
rodada de reuniões com movimentos sociais que se iniciou há duas semanas, em
resposta às manifestações que se alastraram pelo país.
- Temos um papel espiritual de dar suporte, de dar apoio às
nossas autoridades em meio a crises, em meio a confusões, tumultos. Nós estamos
ali centrados, pedindo a Deus que fortaleça nossos governantes, dando a eles
sabedoria do alto para vencer os desafios dessa nação – afirmou Ana Paula
Valadão sobre o encontro.
- Foi um convite da presidenta Dilma à bispa Sônia
Hernandes, muito respeitada e conceituada no nosso Brasil, e aí ela convidou
algumas mulheres que têm feito a diferença, que têm feito um trabalho por esse
Brasil, que tem um reconhecimento das pessoas – afirmou a cantora Damares, que
também estava presente no encontro.
Damares relatou também que cantou sua música “Sabor de Mel”,
junto com a presidente e que ela e as outras cantoras presentes no encontro não
foram para fazer pedidos para Dilma, mas sim “representando a igreja evangélica
no Brasil e apoiando ela no que ela precisar”.
- Não viemos pedir nada. A gente veio apoiar nesse momento
de tantas manifestações porque é uma carga muito pesada que ela está levando. E
ela é um ser humano – ressaltou Damares, que completou afirmando que a reunião
foi uma “festa bonita”, e que a presidente se emocionou e chorou junto com
representantes evangélicas.
- Somos cidadãos como qualquer outro, temos nossas
reivindicações, coisas que achamos que não está bom. Ela fez promessas de
melhorias, ela está realmente de mãos abertas para abençoar não só a igreja,
mas o povo em si – finalizou Damares.
Quem também ressaltou apoio à presidente foi a cantora e
ex-apresentadora de TV Mara Maravilha, que relatou também terem feito uma
oração pela saúde de Dilma Rousseff, diante desse momento de manifestações.
- A gente orou para Deus estar restaurando a saúde dela
porque é um momento de muita pressão que o Brasil está vivendo. Viemos como
representantes da Igreja Evangélica no país apoiando ela no que precisar –
afirmou a cantora, segundo o G1.
Quem também participou da reunião foi o ministro Crivella
(PRB-RJ). Bispo licenciado da Igreja Universal, Crivella disse que participou
da reunião como ministro, mas também como “um articulador da presidenta Dilma
junto ao público com o qual eu convivo desde os seis anos de idade, que é o
povo evangélico”.
- Não foi a presidenta que pediu, foram as minhas amigas. Eu
também sou cantor gospel. Foram elas que manifestaram a vontade de encontrar a
presidenta, orar por ela, fazer um encontro de solidariedade feminina –
ressaltou Crivella.
Apesar de ser considerado hoje o mais notório entre os
parlamentares evangélicos, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), não
esteve presente na reunião. De acordo com o jornalista Lauro Jardim, Feliciano
teria dito que foi procurado para participar da reunião, mas não quis. O
parlamentar teria afirmando ainda que, apesar de não estar presente, a reunião
só aconteceu por um esforço seu.
- Eu não tenho nada a tratar com essa gente [Dilma
Rousseff]. Ela só recebeu essas lideranças porque eu e Silas Malafaia fizemos pressão,
mas isso era para ter ocorrido lá atrás, não agora, depois de ter conversado
com várias outras lideranças políticas. A assessoria do Gilberto Carvalho até
me ligou, mas preferi não atender – explicou Feliciano, segundo a revista Veja.
Participaram da reunião com a presidente, os ministros
Marcelo Crivella, Gilberto Carvalho e Gleisi Hoffmann; além das representantes
evangélicas Ana Paula Valadão, Bruna Karla, Cássia Helena de Sousa, Damares,
Eyshila Oliveira Santos, Ezenete Alexandrina, Fernanda Hernandes Rasmussen,
Irene Maria Hermenegildo Lopes Correa, Juliana Alonso Machado, Leonor Alonso
Machado, Mara Maravilha, Maria do Carmo Araujo, Maurizete da Silva Catarina
Acioli, Rubia Pinheiro Fernandes, Sonia Hernandes e Valnice Milhomens Coelho.