Na despedida de 2013, a Seleção
Brasileira saiu de cena com mais uma vitória. Dessa vez, mesmo não jogando de maneira brilhante derrotou o Chile por 2 a 1, com gols
de Hulk e Robinho.
Mais importante que o resultado,
no entanto, foi a certeza de que a Seleção Brasileira que conquistou de maneira
brilhante a Copa das Confederações encerra o ano rumo à Copa do Mundo com um
time muito bem treinado e preparado dentro e fora de campo para buscar o objetivo
maior que é o hexacampeonato mundial.
Ademais, a seleção que o Brasil
teve pela frente no bonito Rodgers Centre Toronto não era um adversário
qualquer: o Chile vinha de empate contra Espanha e vitória sobre Inglaterra,
além de estar jogando bem e classificado para a Copa do Mundo de 2014.
Ainda assim, em sinal de respeito
ao Brasil, o técnico Jorge Sampaoli armou seu time com preocupação mais
defensiva, Não deu certo.
O Brasil começou o jogo em ritmo
acelerado, buscando o ataque a todo custo - com um minuto, Neymar já tinha
experimentado um chute perigoso - e envolvendo o adversário com toques
rápidos e precisos, sempre em busca do caminho do gol.
Que não custou a aparecer. Muito
graças ao zagueiro Gonzáles, ao errar o passe na saída de bola, entregando-a
para Oscar. Daí para Hulk. livre na área - os zagueiros chilenos tinham se
adiantado - e o chute potente e indefensável: Brasil 1 a 0.
Parecia que o jogo se
encaminharia naturalmente a favor do Brasil. Percebendo que sua equipe estava
inteiramente dominada, o técnico do Chile trocou um zagueiro por Valdivia e o
time ganhou em técnica no meio-campo.
O jogo passou então a ficar
equilibrado. A Seleção Brasileira já não encontrava os caminhos para fazer a
bola chegar ao ataque com a mesma facilidade, errando também alguns passes, o
que encorajou o Chile a tentar fazer sua parte e a incomodar um pouco a defesa
brasileira.
Felipão trocou logo no início do
segundo tempo Jô por Robinho. Não por isso, o time caiu de rendimento, passando
15 minutos sem se encontrar, errando as jogadas mais simples , o que levou
Felipão a fazer mais duas substituições: entraram Wiliam e Ramires, saíram
Oscar e Hulk.
O que Felipão não esperava era o
gol de empate do Chile. Em jogada que começou com um chutão do goleiro Claudio Bravo,
a bola em uma dividida pelo alto sobrou para Vargas - o atacante pegou Julio
Cesar sem chance de defesa com um chute muito bem colocado.
O Chile não sabia o que o
esperava a partir do ensaio da reação. A Seleção Brasileira se entregou de vez
ao jogo, passou a atuar com mais rapidez e objetividade e voltou a tomar conta
da partida. Neymar quase faz um gol de craque, depois de dar dois lençóis
seguidos no goleiro, Robinho fez o dele, anulado por impedimento, mas a vitória
passou a ser aí uma questão de tempo.
Que veio através do jogador que
se transformou no algoz dos chilenos. Robinho, que já marcara oito vezes no
adversário, escorou de cabeça um belo cruzamento de Maicon e botou o Brasil de
novo em vantagem: 2 a 1. Foi então o nono gol de Robinho sobre o Chile, uma
marca expressiva, superando nada mais nada menos que Pelé, o brasileiro que
mais marcara contra o time andino - oito vezes.
O segundo gol animou de vez a
Seleção Brasileira. O time continuou pressionando, agora exibindo toda a sua
técnica, esteve perto de marcar o terceiro, mas terminou o jogo com a vitória
merecida e assegurada - Robinho ainda quase fez mais um gol em belo lance. Que
venham agora 2014 e a Copa do Mundo.
A Seleção Brasileira jogou com
Julio Cesar, Maicon, Thiago Silva (Dante), David Luiz e Maxwell; Luiz Gustavo,
Paulinho (Hernanes), Oscar (William); Hulk (Ramires), Jô (Robinho) e Neymar
(Lucas Leiva).