Especialista explica que a parada cardíaca não significa o fim, e que é possível restabelecer pessoas que passaram várias horas mortas.
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De acordo com Parnia, o segredo do procedimento é manter o
cérebro resfriado para desacelerar o processo de decomposição. O especialista
explica que, após a morte, apesar de o cérebro parar de receber oxigênio
através da circulação, ele não morre imediatamente. Na verdade, o órgão entra
em uma espécie de estado de hibernação, como forma de autopreservação.
Parece que foi justamente esse um dos fatores determinantes
na “volta à vida” de Carol, paciente que ficou 45 minutos sem batimentos
cardíacos — como no caso de Carol. Depois que os paramédicos foram chamados
para atendê-la, seu corpo foi resfriado enquanto ela era transportada ao
hospital. Outro procedimento envolve ligar os pacientes a uma máquina que
mantém o sangue oxigenado e circulando — conhecida como ECMO ou oxigenação por
membrana extracorpórea —, o que é padrão em alguns países.
Forte defensor do procedimento, o Dr. Parnia lançou um livro
sobre o tema e acredita que, só nos EUA, 40 mil vidas poderiam ser salvas todos
os anos se a técnica de resfriamento associada à ECMO fosse aplicada. Só no
hospital no qual ele trabalha, o índice de sobrevivência de pacientes que
ficaram sem batimentos cardíacos é de 33%, contra a média de 16% de outros
hospitais.