Homens que ainda não foram julgados estão inchando as unidades prisionais de Pernambuco
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Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press |
De que a Justiça é lenta, ninguém tem dúvidas. A lentidão é
tanta que faz com que pessoas apodreçam atrás das grades de presídiosbrasileiros sem ainda terem sido julgadas. Ou ainda pior. Deixa mofando nas
unidades prisionais outras que já cumpriram suas condenações e deveriam ser
reinseridas na sociedade.
Levantamento feito pelo 7º Anuário Brasileiro de Segurança
Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revela que, em média,
o Brasil tem 1,7 detento por vaga. Boa parte desses presos (38%) são
provisórios, ou seja, com casos ainda não julgados.
Em sete estados, mais de 50% da população carcerária ainda
aguarda julgamento: Mato Grosso (53,6%), Maranhão (55,1%), Minas Gerais
(58,1%), Sergipe (62,5%), Pernambuco (62,6%), Amazonas (62,7%) e Piauí (65,7%).
Segundo dados da Secretaria de Ressocialização do estado (Seres), em
Pernambuco, o total de detentos nas unidades prisionais e cadeias públicas
chega a aproximadamente 29 mil pessoas, entre homens e mulheres. No entanto,
quase 18 mil desse total ainda não foi levado ao banco dos réus.