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22 de dez. de 2011

História do município de Solidão - PE é contada por professores em forma de cordeL. Confira...

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Os professores da rede municipal de educação de Solidão - PE, Jurandir (Didi) e Verônica Sobral, elaboram um belo trabalho que retrata a história completa de Solidão deste a criação da cidade ate os dias de hoje,  em literatura de cordel.
O que é cordel?
Literatura de cordel vulgarmente conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Confira abaixo...

Solidão e Sua História
(Jurandir Francisco/Veronica Sobral)


Bem no século dezenove
No nosso tão bom sertão
Chega seu João Teodósio
Lá no Sítio Conceição...
E vindo do Litoral
Fixou na zona rural
Sua nova habitação.
Observando o lugar
Pacato e sem emoção,
Teodósio suspirou
Sentindo admiração,
Olhando pra companheira,
Disse de forma ligeira:
“Ai, meu Deus, QUE SOLIDÃO!”

Daquele dia em diante
O lugar foi nomeado:
Solidão – esse era o nome
Que começou ser chamado.
Porém Seu João o vendeu
Pra um senhor que apareceu
Pela terra interessado.


Garantindo a sua fé
Quis a terra abençoar,
Foi até em Afogados
Convidar Carlos Cotart
Pra que, em nome de Deus,
Abençoasse os seus
Rezando a Missa em seu lar.


A sua esposa Francisca,
Uma católica bondosa,
Doou a parte da terra
Pra que a Santa gloriosa:
Nossa Senhora de Lurdes
Multiplicasse as virtudes
Na capela grandiosa.


Depois da capela feita
E a santa no seu lugar,
Devoto da mesma, em França
O Padre Carlos Cotart,
Bem nos eu imaginário
Quis fazer um santuário
Do jeito que tinha lá.


No entanto faleceu
Sem poder tornar real
E o Padre Osvaldo Prins,
Na missão sacerdotal,
Percebeu a semelhança
Com a Santa Lurdes da França
Nas serras desse local.


E durante a construção
Da gruta tão desejada,
As pedras jorraram água,
Água divina e sagrada
E os que acreditaram
Com fé viram e comprovaram
Tanto de gente curada.


Falando politicamente:
Solidão foi desmembrado,
Deixando de pertencer
As terras de Afogados.
Passando a ser de Tabira,
Terra que muito me inspira,
Por quem fomos adotados.


A fazenda Conceição
Transformou-se em povoado,
Pertencente a Tabira,
Porém bem representado
Por nossos vereadores,
Mesmo sendo agricultores,
Mas muito capacitado.


Mas uma vez desmembrado
Por a lei estadual
Desta vez, passou a ser
Solidão municipal.
Território independente
Agradando muita gente
E o seu meio social.


Já na segunda gestão
Com novos nomes no pleito,
Luiz Batista Tavares
Foi o candidato eleito.
Contribuiu com a cidade,
Com muita dignidade,
Foi o segundo prefeito.


José Gerônimo de Lima,
Político considerado,
Gestor na quarta gestão
Com seu nome consagrado.
Sendo assim, quarto prefeito,
Com o nome bem aceito
E um trabalho aprovado.


Dando continuação
Ao governo anterior,
Isaias Serafim
Foi eleito sucessor.
Com muita apreciação,
Passou a sétima gestão,
Seu nome também marcou.


Surgiu Diomésio Alves,
Mais um filho da cidade.
Durante a décima gestão,
Líder na sociedade,
Deixou seu nome na história,
Nesta cidade de glória,
Plantando muita amizade.


Solidão hoje é destaque
No turismo do Sertão:
Com a Festa da Padroeira,
A maior da região...
Gente de todo lugar
Felizes a festejar
Nossa comemoração.


Admiro este lugar,
Terra do meu coração!
Este berço abençoado,
Que Cristo estende a mão!
O cristo ressuscitado,
Que tem sempre abençoado
O povo de Solidão!

Seu Jesuíno Pereira,
Homem de boa vontade,
Fundou o primeiro engenho
Crescendo a localidade.
E com Francisca, a mulher,
Soube dar o pontapé
Pra se ter prosperidade.


O sonho de Jesuíno
Era tornar Solidão
Num povoado habitado
Repleto de animação.
No entanto faleceu
Sem ter esse sonho seu
Uma concretização.


Em sinal de gratidão
Por tanta felicidade,
Pra construir a capela
Todos da comunidade,
Com o trabalho braçal,
Levaram o material
Pras obras da dinvidade.


Idealizou uma gruta
N serra de Solidão,
Para colocar a Santa,
Pra que toda região
Pudesse ver a adorar,
Subir escadas, rezar
E fazer sua devoção.


E resolveu construir
A Gruta de Solidão
Igual a Gruta da França
Tão digna de devoção...
Em que “Senhora de Lourdes”
Fosse fonte de oração...




A história se espalhou
E todos, com alegria,
Vinham visitar a Santa
Tanta gente, todo dia...
Entre fogos e promessas
Romeiros vinham sem pressas
Em forma de romaria.


O distrito foi criado
Com o nome de Solidão,
Uma lei municipal
Deu a denominação,
Modificando a história,
Nesse lugar cheio de glória
No recanto do Sertão.


Com o pedido do povo
E apoio do governador,
A população pediu
E a câmara aprovou
Como prefeito interino
Indicado Pergentino
Homem de grande valor.


Teve a primeira eleição
Com o voto eleitoral,
Eleito como gestor
O nome mais ideal.
Democracia em seu lema
E o senhor Ivo Mascena
Prefeito municipal.


João de Melo - O João da Paz-
Como era conhecido,
Com apoio do povo,
Foi o prefeito escolhido.
Foi um mito em Solidão,
Voltou na quinta gestão
E jamais foi esquecido.


Com Genivaldo Soares,
Prefeito em sexta gestão,
Também foi contribuinte
Na sua administração.
Queremos agradecer
Pelo que pôde fazer
Pelo bem de Solidão.


Jacinete foi eleita
Com direito a reeleição.
Com oito anos à frente,
Oitava e nona gestão,
Foi a primeira mulher,
Neste chão de boa fé,
Prefeita de Solidão!


Atualmente a gestão
Tem grande potencial,
Aparecida Oliveira,
Prefeita Municipal.
Com um trabalho excelente,
E um  governo transparente
Pelo bem do social.


Na cultura popular
Solidão tem demonstrado,
Na força do bacamarte,
No balanço do xaxado,
Na fé em Nossa Senhora...
Cidade cheia de glória,
Admiro teu passado!


Nesta data especial,
Minha cidade de glória,
São quarenta e oito anos
Que estás completando agora!
Parabéns, terra querida,
Parabéns, prefeita Cida,
Orgulhos de nossa história!

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