Promotor vai recorrer de pena 'leve', de dois anos em regime semiaberto. Padre Evandro Bezerra está em uma comunidade terapêutica em São Paulo.
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| Padre Evandro Bezerra é preso por exploração sexual de adolescentes em Cabrobo Foto: Reprodução |
O padre Evandro Bezerra dos Santos, de 42 anos, foi
condenado a dois anos em regime semiaberto por exploração sexual de
adolescentes na cidade de Cabrobó , no Sertão de Pernambuco, em troca de
presentes, nos anos de 2009 e 2010. O promotor de Justiça de Cabrobó,
Julio Cesár Cavalcanti Elihimas, conta que a punição pode ser suspensa e
substituída por quatro anos de liberdade vigiada, com uma série de condições a
serem cumpridas pelo acusado como não se aproximar de crianças, creches e
orfanatos.
Elihimas defende que a pena foi ‘quase um prêmio ao
acusado’. “Não fiquei satisfeito com a decisão, achei que a pena foi muito
baixa. Estou recorrendo para tentar aumentar a pena dele”, afirma o promotor. O
processo corre em segredo de Justiça no Tribunal de Justiça de Pernambuco
(TJ-PE).
As investigações da polícia datam de 2008, após denúncias do
Conselho Tutelar. O acusado está respondendo ao processo em liberdade, em uma
comunidade terapêutica na cidade de Barretos , em São Paulo, por recomendação
da Igreja Católica.
O padre já havia sido preso em agosto do ano passado, na
cidade de Floresta , também no Sertão, para onde havia sido transferido pela
Igreja Católica, após as denúncias em Cabrobó. Na ocasião, ele ficou preso por
pouco mais de um mês e recebeu liberdade provisória, concedida pelo TJ-PE. “O
juiz de Cabrobó, onde estão sendo realizadas as investigações relativas aos
abusos sexuais, negou a liberdade provisória dele. Evandro, no entanto, entrou
com um pedido de habeas corpus no TJ, que concedeu liberdade até o fim do
inquérito”, afirma Julio César. O promotor não soube informar se já há datas
marcadas para o julgamento do recurso.
A Igreja Católica suspendeu o direito de Everaldo de exercer
sua função de padre há aproximadamente um ano, antes mesmo de ele ser preso e
processado. De acordo com o padre Félix Tenero, da Diocese de Floresta, o único
autorizado a falar sobre o caso, o acusado se mostra tranquilo na comunidade
terapêutica de Barretos. “Nós o enviamos a essa comunidade terapêutica e ele
responde muito bem a tudo. Lá, ele está sendo acompanhado, ajudado e
enfrentando a situação que está vivendo. Quando o vi, seu rosto tinha uma certa
serenidade”, detalha o padre Félix. Agora, a Diocese de Floresta está
aguardando um posicionamento oficial e um encaminhamento do caso por parte do
Vaticano.
Da redação do S1 Notícias
Com informações do G1


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