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Moradores de conjunto habitacional denuncia descaso da gestão pública Fotos: João Santos |
Segundo os próprios moradores o
conjunto deveria ser entregue aos proprietários em 20 de dezembro de 2012 fato
que não aconteceu. Varias residências já foram ocupadas por seus respectivos
donos, proprietários como Aílton Faustino dos Santos, Josenilda Onizia Silva
Aquino, Lucia Alcântara Silva e Josina Leite da Silva já ocupam as residências
há aproximadamente 6 meses.
Moradores afirmam que as chaves
das residências foram entregues aos donos e que algumas fotos foram feitas por
uma equipe da prefeitura no ato da entrega, porem os mesmos não sabem afirmar
para que fossem as supostas fotos, os mesmos perguntam: “será que aquelas fotos
seriam para comprovar a inauguração”?
A maior preocupação dos moradores
dar-se por que o conjunto falta: calçamento, rede de esgoto, água e energia. No
momento da denuncia nossa equipe fotografou o conjunto e comprovou o abandono.
Em uma das residências a moradora permitiu que a equipe fotografasse o interior
da casa a qual estava iluminada apenas com velas, na residência mora crianças e
uma jovem que não quis ser identificada, a mesma se recuperava de uma cirurgia.
Um dos proprietários ainda
apresentou no ato da denuncia, um documento que segundo o mesmo foi entregue
pela prefeitura de Solidão originando a entrega do imóvel. O
documento timbrado da prefeitura que segue em anexo é datado de 07 de fevereiro
de 2013 e aprova uma unidade sendo entregue com totais condições de uso inclusive
descreve o responsável CEHAB (Companhia Estadual de Habitação e Obras).
Em resposta, a prefeitura através do
secretario de infraestrutura Sebastião Galdino Barbosa declarou que realmente
todas as chaves das casas já foram entregues e que os respectivos donos já podem
habita-as, segundo o mesmo o ato de entrega das chaves deu-se antecipado para
evitar invasão em domicílios como aconteceu na Vila Esperança. Quanto à energia,
relatou que solicitou os serviços a Empresa Celpe em 28 de novembro de 2012 e até
o presente não foi iniciado os trabalhos por parte da empresa.
Quanto ao saneamento básico,
declarou que em 20 dias a empresa (CEHAB) responsável pela obra, iniciará a construção
de caixas (“foças”) para cada residência, disse também que essas caixas serão feitas
provisoriamente, pois segundo o mesmo, as mesmas serão conectadas a futura rede
de esgoto que será construída no conjunto, porem não afirmou quando será construída
a rede.
A prefeita Maria Aparecida Oliveira (Cida) também foi
procurada e afirmou que toda responsabilidade da construção do conjunto é da
empresa CEHAB (Companhia Estadual de Habitação e Obras) e que o maior óbice
para realização rápida das obras é a Caixa Econômica Federal, pois segundo ela a
entidade não libera as verbas a tempo imediato dificultando o pagamento das
construtoras.
Outro projeto que ficou engasgado
por todos, foi à construção da Vila Esperança na mesma cidade. De 75 casas
liberadas pelo Governo Federal na época (2007), apenas 26 foram iniciadas. A
conclusão foi realizada pelos próprios proprietários quando se apossaram. A
vila nunca foi inaugurada e varias residências já foram modificadas pelos
proprietários.
Como mostrou o Blog do Veras, em
1º de abril de 2013, alguns dos 49 beneficiados que não foram contemplados com
as construções, foram à câmara de vereadores reclamar, porem ouviram do secretario administrativo Claudio Alves Nunes que não
seria mais possível a construção, pois o tempo para tal realizações já havia
espirado e que a verba havia retornado a Caixa.
Antes dos esclarecimentos Vereadores afirmaram que estavam
prontos para defender os direitos da população e se mostraram a disposição da
sociedade, porem além de afirmarem que a população deveria procurar a câmara
para cobrar mais, os senhores legislativos esqueceram, que o dever de
fiscalizar, cobrar, correr atrás, defender, lutar e acima de tudo contestar os
direitos garantidos pela sociedade são em 1° lugar deles que já estão na
referida casa e de posse do poder para isto. Esqueceram também que no momento
não se poderia fazer mais nada e que essa fiscalização deveria ter se iniciado
por os próprios antes que fosse tarde de mais. O mais grave disso tudo, é que,
o que aparenta, é que todos continuam esquecidos, pois se não, o mesmo não
estaria acontecendo com mais um projeto do qual se faz a denuncia em questão;
com as duas quadras da cidade, com a escadaria do cristo e com outros
seguimentos públicos.
Será que os nossos vereadores
estão iguais a um grupo de vereadores de uma cidade fantasma, a qual existiu
algum tempo atrás? Em que a gestão atual daquela cidade, na época ganhou certo
numero de casas do governo federal? Em reunião aquela gestão ofereceu
cordialmente 3 casas para cada vereador distribuir com sua população pobre, os
mesmos sondaram suas populações de pobreza e resolveram para quem realmente
iriam doar. Um doou suas casas para aqueles que tinham um bom numero de votos,
outro doou para nomes fictícios onde o beneficiado era o próprio, outros doaram
para seus filhos que nem casados eram na época, outro doou para filhos e ele
mesmo, pois não tinha casa própria e se encaixou no programa, pois o aluguel da
cidade era alto e seu salario não era suficiente para tal.
Nesta cidade o projeto também
ficou pela metade, e a maioria dos inscritos ficaram sem abrigos, eles eram
pais de famílias sem empregos, semianalfabetos e a única esmola que tinha
mensalmente era um miserável Bolsa bla bla bla. Deste, tentavam tira os
sustentos próprios e de toda família, com a “sobra”, eles tentavam pagar:
aluguel, água luz e ainda comprar um litro de cana falsificada para
se embriagarem e esquecer por um momento a revolta por serem tão violentados em
seus direitos, direitos esses que estava estampado em folders em entradas e
saídas de pequenas e grandes cidades, o qual se descrevia com letras coloridas
e legíveis (???????????? Un paiz de todas). Há!, Naquele projeto inacabado, as
primeiras casas que foram construídas, foram justamente as que a gestão
oferecera para que os vereadores dividissem entre suas comunidades pobres, mas
talvez isso tenha sido uma simples coincidência dessas que acontecem todos os
dias em nossas vidas.
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