De acordo com Ministério Público do Acre, firmas que receberam dinheiro estão ligadas à TelexFree
A TelexFree negou ter desviado ilegalmente aproximadamente
100 milhões de reais logo após o bloqueio de seus bens pela Justiça do Acre, em
18 de junho. A afirmação consta na Ação Civil Pública do Ministério Público do
Estado do Acre contra a empresa e seus fundadores - documento ao qual o
site de VEJA teve acesso.
“Após a decisão interlocutória, ainda foram desviados mais
de 100 milhões de reais para duas contas não pertencentes à TelexFree,
pois têm como titulares a Worldxchange (dois depósitos nos valores de 41,78
milhões de reais e 9,9 milhões de reais) e a Simternet (um depósito
no valor de 49,98 milhões de reais), quantia total essa que somente foi
recuperada por força da agilidade do Juízo”, diz o documento.
As duas empresas de telecomunicação que receberam o dinheiro
são ligadas à TelexFree. No caso da Simternet, cujo nome fantasia é Voxbras,
provedora de telefonia, internet e TV a cabo, consta que ela pertence ao grupo
TelexFree.
Por determinação da Justiça do Acre, a TelexFree teve
aproximadamente 600 milhões de reais em bens bloqueados e foi impedida de
realizar pagamentos ou incluir novas pessoas em sua rede até que se finalizem
as investigações. A empresa já entrou com dois recursos pedindo o desbloqueio.
Um já foi negado. No caso do segundo, o Ministério Público do Acre ainda
está preparando a resposta.
Justiça do MT obriga Telexfree a devolver R$ 101,5 mil a consumidor
O advogado Samir Badra Dib, de Rondonópolis (MT), a 219
quilômetros de Cuiabá, conseguiu na Justiça o direito de receber de volta mais
de R$ 100 mil que havia investido para se tornar divulgador da Telexfree
(Ympactus Comercial Ltda.). A empresa foi proibida de operar desde o fim de
junho, pela Justiça do Acre, por acusação de praticar pirâmide financeira.
A decisão favorável a Dib é de 19 de julho, e foi assinada
pela juíza Milena Aparecida Pereira Beltramini, da Terceira Vara Cível de
Rondonópolis (MT). A empresa ainda pode recorrer, e a Justiça do Acre também
precisa aprovar essa nova decisão.
Esse é o primeiro caso de um participante do negócio que
conseguiu recuperar o investimento após o bloqueio de bens da TelexFree pela
Justiça.
Dib aderiu à empresa na manhã de 19 de junho, com aporte de
R$ 101.574. "Achei um bom investimento, acabei entrando como divulgador
também", conta. Naquele mesmo dia, à tarde, a Justiça do Acre suspendeu as
operações da empresa e bloqueou novas adesões, alegando haver indícios de
pirâmide.
De acordo com o contrato, Dib teria sete dias para se
arrepender do negócio e solicitar reembolso do valor investido. Porém, com o
bloqueio das operações da Telexfree, ele afirma que não conseguiu mais contato
com a empresa.
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