Henrique e Mirele foram presos no Recife
Foto: Vitor
Tavares
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O caso está sendo investigado pelo delegado Carlos Couto.
Segundo ele, a operação será detalhada na próxima segunda-feira, durante
entrevista coletiva. Ainda não se sabe para que delegacia o casal foi
encaminhado.
A empresa pernambucana promete remuneração de 2% ao dia durante um ano ao usuário que responder perguntas de conhecimentos gerais. Sendo assim, o lucro da empresa viria do cadastramento de pessoas, o que caracteriza a formação de pirâmide financeira. A polícia recebeu queixas contra a Priples sobre o não pagamento dos rendimentos no dia previsto. Há também denúncias dos usuários por não conseguirem localizar a sede física da empresa.
Em depoimento prestado à polícia em julho passado, Henrique Maciel afirmou que a empresa não promete ganhos financeiros e, sim, crédito de publicidade digital. Henrique afirmou ainda que quem promete pagamento em dinheiro são os usuários.


A empresa pernambucana promete remuneração de 2% ao dia durante um ano ao usuário que responder perguntas de conhecimentos gerais. Sendo assim, o lucro da empresa viria do cadastramento de pessoas, o que caracteriza a formação de pirâmide financeira. A polícia recebeu queixas contra a Priples sobre o não pagamento dos rendimentos no dia previsto. Há também denúncias dos usuários por não conseguirem localizar a sede física da empresa.
Em depoimento prestado à polícia em julho passado, Henrique Maciel afirmou que a empresa não promete ganhos financeiros e, sim, crédito de publicidade digital. Henrique afirmou ainda que quem promete pagamento em dinheiro são os usuários.
Com o casal, foram apreendidos três carros importados,
US$ 300 mil e um quadriciclo motorizado. Além disso, o patrimônio da empresa
foi bloqueado, assim como as contas correntes da empresa e dos sócios e o
dinheiro deve ser usado, posteriormente, para ressarcir vítimas.
"Acreditamos que os valores bloqueados são insuficientes para garantir
todos os pagamentos [às vítimas]", explica o delegado Carlos Couto.
"Eles criam uma desorganização dentro da economia.
Aquelas pessoas buscam aquilo ali [a proposta da Priples] com o intuito de
ganhar muito dinheiro, quando na verdade ele está lesando quem está na base da
pirâmide. Algumas pessoas ganham, mas nem todas", explicou o delegado
Guilherme Mesquita, da delegacia seccional de Boa Viagem, que participou
daoperação. Se sentindo prejudicado, o vigilante Victor Emanuel foi à delegacia
acompanhar o caso. Ele investiu R$ 500 e não espera receber de volta o
dinheiro. "Eu já soube que quem entra com menos de R$ 1.000, e não convida
ninguém, não recebe nada. É o meu caso. Eu já entrei consciente de que poderia
perder e não quis convidar ninguém para não prejudicar meus amigos",
afirmou, chateado.
Segundo a polícia, a Priples, aberta no dia 1º de abril
deste ano, estava atuando no mercado financeiro sem a autorização de órgãos como
a Receita Federal e o Banco Central. "Antes ele tinha o registro como uma
rede de locadoras. Fez uma alteração contratual desde o início de abril e foi
mudando o segmento para atividades de venda de publicidade digital",
afirmou Couto. A empresa vinha sendo investigada desde junho segundo os
advogados de defesa do casal, Fernando Lacerda Filho e André Gouveia, que se
disseram surpresos com a prisão. “A Priples é uma empresa de marketing
multinível, não é pirâmide financeira. Henrique já tinha prestado depoimento na
delegacia, tinha apresentado documentos comprovando as atividades e estava
sendo solícito com a polícia”, afirmou Fernando. Segundo ele, Mirele Pacheco de
Freitas era sócia da Priples, mas não tinha poder de decisão estratégica. Ela
mantém uma união estável com Henrique Maciel. Na segunda-feira (5), a defesa do
casal pretende ir conversar com a juíza para tentar revogar a decisão. Caso não
consiga, vai recorrer ao Tribunal de Justiça para entrar com um pedido de
habeas corpus.
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