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3 de ago. de 2013

Dono da Priples é preso por suspeita de formação de pirâmide financeira

Foram presos, na manhã deste sábado (03 de agosto de 2013) o dono da Priples, Henrique Maciel Carmo

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Dono da Priples é preso por suspeita de formação de pirâmide financeira
Henrique e Mirele foram presos no Recife
Foto: Vitor Tavares
Na manhã deste sábado (03 de agosto de 2013) o dono da Priples, Henrique Maciel Carmo de Lima e sua esposa, de nome não divulgado Foram presos. Os dois foram detidos na residência do casal, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Eles são suspeitos de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira.

O caso está sendo investigado pelo delegado Carlos Couto. Segundo ele, a operação será detalhada na próxima segunda-feira, durante entrevista coletiva. Ainda não se sabe para que delegacia o casal foi encaminhado.

A empresa pernambucana promete remuneração de 2% ao dia durante um ano ao usuário que responder perguntas de conhecimentos gerais. Sendo assim, o lucro da empresa viria do cadastramento de pessoas, o que caracteriza a formação de pirâmide financeira. A polícia recebeu queixas contra a Priples sobre o não pagamento dos rendimentos no dia previsto. Há também denúncias dos usuários por não conseguirem localizar a sede física da empresa.

Em depoimento prestado à polícia em julho passado, Henrique Maciel afirmou que a empresa não promete ganhos financeiros e, sim, crédito de publicidade digital. Henrique afirmou ainda que quem promete pagamento em dinheiro são os usuários.


Com o casal, foram apreendidos três carros importados, US$ 300 mil e um quadriciclo motorizado. Além disso, o patrimônio da empresa foi bloqueado, assim como as contas correntes da empresa e dos sócios e o dinheiro deve ser usado, posteriormente, para ressarcir vítimas. "Acreditamos que os valores bloqueados são insuficientes para garantir todos os pagamentos [às vítimas]", explica o delegado Carlos Couto.

"Eles criam uma desorganização dentro da economia. Aquelas pessoas buscam aquilo ali [a proposta da Priples] com o intuito de ganhar muito dinheiro, quando na verdade ele está lesando quem está na base da pirâmide. Algumas pessoas ganham, mas nem todas", explicou o delegado Guilherme Mesquita, da delegacia seccional de Boa Viagem, que participou daoperação. Se sentindo prejudicado, o vigilante Victor Emanuel foi à delegacia acompanhar o caso. Ele investiu R$ 500 e não espera receber de volta o dinheiro. "Eu já soube que quem entra com menos de R$ 1.000, e não convida ninguém, não recebe nada. É o meu caso. Eu já entrei consciente de que poderia perder e não quis convidar ninguém para não prejudicar meus amigos", afirmou, chateado.

Segundo a polícia, a Priples, aberta no dia 1º de abril deste ano, estava atuando no mercado financeiro sem a autorização de órgãos como a Receita Federal e o Banco Central. "Antes ele tinha o registro como uma rede de locadoras. Fez uma alteração contratual desde o início de abril e foi mudando o segmento para atividades de venda de publicidade digital", afirmou Couto. A empresa vinha sendo investigada desde junho segundo os advogados de defesa do casal, Fernando Lacerda Filho e André Gouveia, que se disseram surpresos com a prisão. “A Priples é uma empresa de marketing multinível, não é pirâmide financeira. Henrique já tinha prestado depoimento na delegacia, tinha apresentado documentos comprovando as atividades e estava sendo solícito com a polícia”, afirmou Fernando. Segundo ele, Mirele Pacheco de Freitas era sócia da Priples, mas não tinha poder de decisão estratégica. Ela mantém uma união estável com Henrique Maciel. Na segunda-feira (5), a defesa do casal pretende ir conversar com a juíza para tentar revogar a decisão. Caso não consiga, vai recorrer ao Tribunal de Justiça para entrar com um pedido de habeas corpus.

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