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5 de ago. de 2013

Polícia informa que tenta ampliar bloqueio de bens para garantir ao menos parte dos ressarcimentos

Polícia informa que tenta ampliar bloqueio de bens para garantir ao menos parte dos ressarcimentos

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Fonte: JC Online

Polícia informa que tenta ampliar bloqueio de bens para garantir ao menos parte dos ressarcimentos

Polícia informa que tenta ampliar bloqueio de bens para garantir ao menos parte dos ressarcimentos
O patrimônio da Priples, acusada de ser uma pirâmide financeira, é bem maior que os R$ 72 milhões já bloqueados pela Justiça. A Polícia Civil prendeu no último sábado o proprietário da empresa, Henrique Maciel Carmo Lima, 26 anos, e sua esposa e sócia Mirele Pacheco de Freitas, 22, e tenta ampliar o bloqueio dos bens da Priples e do casal, para garantir ao menos parte do ressarcimento dos 209 mil investidores do negócio. Para a devolução efetiva é preciso que o Ministério Público ou Procon entre com uma ação judicial ou ainda que os prejudicados façam pedidos individuais ou coletivos na Justiça.

Só por comparação, outra suspeita de pirâmide, a BBom, tem 100 mil investidores e nela foram bloqueados R$ 300 milhões em contas bancárias, além de carros de luxo – Ferrari, Lamborghini e Mercedes. A Priples tem o dobro de pessoas e teve apreendidos os R$ 72 milhões, duas Range Hover, um Camaro e um quadriciclo.

“Solicitamos à Justiça a quebra do sigilo bancário da Priples. Mas já sabemos que o patrimônio deles é bem maior que R$ 72 milhões. Nossa preocupação é cessar a prática do crime e prevenir a transferência de bens ou propriedades para que haja ressarcimento na esfera cível. Até porque se dividirmos o valor já bloqueado pelos investidores, o valor é irrisório”, afirma o delegado do Ipsep, Carlos Couto, à frente do caso.

O dinheiro bloqueado na Priples até agora só garantiria o pagamento de R$ 354 por investidor. “Queremos levantar e individualizar o patrimônio em imóveis, por exemplo”, diz Couto.

A polícia vai detalhar na manhã de hoje as investigações. A Priples garantia um retorno de 60% ao mês para quem aplicasse de R$ 100 a R$ 10 mil na empresa. O investidor só precisava postar cinco perguntas ou respostas por dia no site da empresa sobre qualquer assunto e a pergunta e resposta sequer precisavam ter relação: para “qual a cor do céu?” a resposta poderia ser “jacaré”. Quem atraísse outras pessoas para a Priples tinha lucros turbinados.

Segundo a Polícia, 95% do dinheiro da empresa vinha das adesões, caracterizando uma pirâmide, crime contra a economia popular, um esquema que funciona da seguinte forma: uma pessoa atrai dez pessoas, por exemplo, cada uma precisa atrair mais dez e assim sucessivamente, até ser preciso tanta gente que o esquema quebra e os lucros param, deixando muito mais gente no prejuízo do que todo mundo que já lucrou.

A Priples nega ser uma pirâmide e se diz uma empresa de publicidade digital. Mas também é investigada pelo Ministério Público Federal e o MP do Rio Grande do Norte pela mesma suspeita. Por precaução, cada investidor deve manter comprovantes de pagamentos à Priples, para provar a relação com a empresa e o valor aplicado.


“Quem se sentir prejudicado pode pedir ressarcimento ou indenização. As ações podem ser individuais ou coletivas e até o MP pode ajuizar as ações”, explica Luiz Andrey, diretor da Polícia Civil na Capital e na Região Metropolitana.

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