
Em média, cerca de 3000 refugiados saem diariamente pelas
fronteiras da Síria. Entre as agências de socorro, existem ministérios
cristãos que estão trabalhando para aliviar o sofrimento dos sírios. A
rede cristã CBN visitou o trabalho no Vale de Bekaa, no Líbano, onde se
concentra a ONG evangélica “Coração pelo Líbano”. Ali existe uma liberdade
religiosa impensável para os que fugiram para o também vizinho Iraque.
Embora o foco sempre foi a evangelização de libaneses
muçulmanos, nos últimos 18 meses eles se voltaram inteiramente para anunciar a
esperança cristã para os sírios. Citada na Bíblia como um dos inimigos de
Israel, hoje os seguidores de Jesus são menos de 10% dos 22 milhões de
habitantes da Síria. Ela figura entre os 10 países que mais perseguem os
cristãos no Oriente Médio, segundo a avaliação anual do ministério Portas
Abertas.
A ONU relata que 650 mil refugiados sírios vivem hoje no
Líbano. Isso significa que uma em cada seis pessoas no país é um refugiado
sírio. Obviamente, isso causa imensos problemas sociais. Se não fosse a
intervenção de organizações como a “Coração pelo Líbano”, eles já teriam
morrido de fome ou sede.
Alguns chegaram lá apenas com a roupa do corpo. Na
Jordânia eles são 515 mil, número que equivale a quase 10% da população.
Esta é a pior crise humanitária no mundo de
hoje. Ninguém sabe quanto tempo a guerra ainda irá demorar e todos os
refugiados querem voltar para casa e saber notícias dos seus familiares e
amigos que ficaram para trás.
Em meio à tristeza pelos milhares de mortos e feridos, a
esperança na vida eterna se fortalece. As agências cristãs têm oferecido ajuda material,
emocional e, acima de tudo, espiritual. Os muçulmanos estão ouvindo o evangelho
livremente, alguns pela primeira vez na vida. São muitos os testemunhos de
conversões.
Fátima é uma menina tímida de dez anos de idade. Atualmente
vive em uma barraca com as duas esposas de seu pai, e os 15 membros de sua
família. Nawal, missionário da Coração pelo Líbano explica: “Fátima ganhou
mais confiança. Ela fala com seus amigos e professores com mais facilidade
e sabe que Deus a ama incondicionalmente. Sua fé em Deus ajudou-a a
confiar em suas próprias habilidades e a ajudou a superar as adversidades”.
Mohssen, de seis anos, é um dos estudantes que recebem
alimentos doados pelos missionários. Além de aprender a ler e escrever, também
ouve diariamente histórias bíblicas. Sua mãe diz que ele mudou muito.
Esses são apenas alguns exemplos dentre as crianças sírias
que têm aprendido músicas, jogos e ouvido lições bíblicas. As famílias
atendidas pelos missionários são gratas pela alimentação recebida, mas os
adultos são mais resistentes ao ouvir falar de outra religião além do
islamismo.
Mesmo assim, mais de 25 mil Bíblias e 15 mil Novos
Testamentos foram distribuídos aos interessados este ano, divulgou a Christian
Aid, outra missão cristã que trabalha junto aos refugiados. Além disso, todos
têm aceitado as orações feitas em nome de Jesus, que para os muçulmanos é um
importante profeta. Esse tipo de trabalho seria impossível na Síria em outros
tempos. Uma das maiores preocupações é discipular os milhares de novos convertidos
para que eles se mantenham firmes após voltarem para casa com o fim da guerra.
Contudo, a longa duração do conflito tem deixado as missões
preocupadas. Muitas delas estão no limite, já tendo investido todo o dinheiro
que dispunham. Por outro lado, cada vez mais surgem refugiados cristãos, que
contam como foram obrigados a deixar o país.
Conforme revela um pastor sírio: “Sendo cristãos ouvimos
abertamente que não há mais lugar para nós, e somos atacados por ambos os lados
(governo e rebeldes). Sentimos muito medo”.
Semelhantemente ao que ocorre no Egito, durante a guerra
entre os que apoiam e os que se opõe ao governo, o país se tornou uma terra sem
lei, o que motiva os extremistas islâmicos a perseguir matar cristãos
indiscriminadamente. Com informações de CBN, CS Monitor, JNS e Christian
AID ..FONTE : GOSPELPRIME
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