Saiba a teoria dos pesquisadores sobre a formação dos anéis e veja como eles ficariam em nosso planeta.
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Fonte das imagens: iO9 |
Imagine se o nosso céu fosse cortado por anéis? Seria um
belo espetáculo, não é verdade? Porém, a Terra já teve anel um dia como parte
da formação da Lua. De acordo com a teoria do grande impacto, quando o planeta
Theia colidiu com a Terra uma quantidade titânica de material foi destruída e
espalhada pelo espaço.
Tudo isso entrou em órbita em torno da Terra, formando um
anel até que todos os materiais eventualmente se fundiram em nosso satélite de
hoje, que podemos enxergar em suas várias fases. Isso só aconteceu porque o
material estava em órbita fora do limite de Roche da Terra. Mas o que esse
limite tem a ver com os anéis?
Na verdade, tudo. Em 1848, o matemático francês EdouardRoche calculou que, se um grande satélite se aproximasse muito de um planeta, o
primeiro seria dilacerado pelas forças gravitacionais do segundo. Isso acontece
porque a atração gravitacional de um planeta em uma lua não é dividido de forma
igual.
O planeta “puxa” mais para o lado da lua mais próximo dele,
e menos no lado mais afastado. Se a lua fica muito perto, essa atração desigual
pode se tornar grande o suficiente para rasgar o satélite ao meio. Dessa forma,
cada planeta tem o que é chamado de um limite de Roche, e os anéis de Saturno ficam
inteiramente dentro dele.
Alguns astrônomos acreditam que os anéis de Saturno são o
material que não foi capaz de formar uma lua, porque se encontra exatamente
dentro do limite de Roche do planeta. Sendo assim, a atração gravitacional de
Saturno evita que as partículas se aglomerem para formar uma lua.
Outra ideia popular entre os cientistas sugere que, durante
o tempo em que Saturno estava se formando, havia uma ou mais luas fora do seu limite
de Roche. Quanto maior for um planeta, mais gravidade ele tem. E quanto mais a
gravidade se tem, maior é o seu limite de Roche.
Com isso, assim que Saturno crescia, o seu limite de Roche
cresceu também, englobando as duas luas, que logo se desfizeram em partículas,
o que deu origem aos anéis. De acordo com os pesquisadores, pode ainda haver
grandes pedaços destas luas antigas dentro dos anéis — e isso também poderia
ter acontecido com a Terra. Mas como seria?
Anéis da Terra
Se tivéssemos anéis na mesma proporção para o nosso planeta
como os de Saturno, como eles seriam vistas em diferentes pontos da Terra?
Segundo o site iO9, do Equador os anéis estariam passando diretamente sobre
nossas cabeças, como uma linha brilhante, arqueando de horizonte a horizonte
como na imagem acima.
Se fosse ao norte de Guatemala, os anéis começariam a se
espalhar pelo céu, iluminando o lado escuro da lua devido ao aumento da luz
solar sendo refletida neles, como você pode visualizar na imagem abaixo.
Movendo-se para algum lugar na Polinésia, sobre o Trópico de
Capricórnio, a 23° da latitude sul, um panorama de 180° dá uma ideia de como
seria a vista magnífica dos anéis. A borda da sombra é tingida de um alaranjado
formado pela luz solar passando através da atmosfera da Terra.

De Washington, a 38° de latitude, os anéis começariam a afundar-se
abaixo do horizonte.
Infelizmente, o artista Ron Miller, responsável pelas
ilustrações desse artigo, não criou uma versão dos anéis vistos do Brasil.
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