Moradora de Quipapá diz que tem um excedente de 1,5 litros por dia. Ideia de ser registrada como recorde surgiu para incentivar doações.
Fonte das imagens: Reprodução |
Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que
apenas 38% das crianças do planeta são aleitadas pelas mães até os seis meses,
algumas mulheres têm produção que ultrapassa o normal. De acordo com o Guinness World Records, a maior doadora de leite no mundo é a norte-americana Sara
Pascale, com 331,22 litros. No entanto, uma brasileira de Pernambuco diz ter
batido este recorde com 335,2 litros, doados em sete meses para instituições do
estado.
Michele Rafaela Maximino, de 31 anos, é mãe de três filhos,
pesa 53kg, diz ser saudável e obtém o excedente de 1,5 litro de leite por dia.
“Eu pensava que era a produção normal, até que passei a pesquisar sobre
aleitamento”, afirma. E o excesso acabou mudando os rumos dela. “Eu era técnica
de enfermagem e hoje sou dona de casa. Abandonei a profissão para doar. Agora
eu tenho outras famílias”, diz Michele Rafaela.
O marido dela, Ederval Trajano, diz que a ideia de entrar
para o Guinness surgiu como forma de incentivar as mães brasileiras a amamentar
e doar. “Nossa filha nasceu prematura, com sete meses, e teve duas paradas
cardíacas. Na UTI, nós vimos o drama das mães que não tinham leite do próprio
peito”, lembrou. Com certificados das doações em mãos, eles pretendem preencher
o formulário rápido online do Guinness.
Início das doações
A dona de casa mora na cidade de Quipapá, Mata Sul de
Pernambuco, e começou a doar em fevereiro, quando esteve no Recife. Desde
então, encontrou um banco mais perto, no Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru,
Agreste. Nesta segunda-feira (30), ela doou oito litros à unidade e recebeu um
certificado pelo histórico de ajudas.
Segundo a médica Flora Freitas, diretora do Hospital Jesus
Nazareno, há 39 doadoras registradas no banco e Michele Rafaela é excepcional.
“O habitual é a mulher doar um litro de leite por semana”, informou. Ederval
Trajano afirma que foram realizados vários exames que atestaram normalidade.
“Ela fez até o de prolactina [hormônio estimulante das glândulas e mamas], que
está alto, mas compatível à produção saudável”, diz.
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