
Nathaniel, que é também pastor evangélico, estava em seu
segundo ano no cargo quando recebeu uma advertência para que não mais orasse
com seus passageiros após uma denúncia a respeito de suas orações, tendo,
inclusive, suas rotas de trabalhos mudadas por causa disso. Porém, ele
continuou a realizar as orações, e acabou sendo demitido.
Ele considera sua demissão uma violação da sua liberdade de
expressão, e afirma que não é certo “demitir um motorista por orar pela
segurança das crianças”.
- Começávamos com uma música. Então, eu começava a orar e
perguntava quem queria se juntar a mim na oração. Quem não queria orar, eles
não tinham que orar. Eu apenas dava a eles algo construtivo e positivo para ir
para a escola – relatou o motorista, em entrevista ao StarTribune.
Porém, no dia 30 de outubro, Nathaniel recebeu sua carta de
demissão, afirmando ter havido queixas de material religioso no ônibus e também
queixas em relação ao seu desempenho profissional.
Segundo o site The Blaze, a diretora de comunicação do
distrito escolar, Ruth Dunn, se recusou a comentar sobre as orações feitas pelo
motorista, mas afirmou que um ônibus escolar é “uma extensão da jornada escolar,
quando se refere ao comportamento dos alunos e da equipe de apoio”.
Desde 1962, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que é
inconstitucional que escolas públicas incentivem orações ou outras atividades
religiosas entre seus alunos. Decisões judiciais posteriores confirmaram e
ampliaram a proibição de orações nas escolas incluindo também orações lideradas
por representantes de escola.
O caso de Nathaniel causou uma grande repercussão e uma
série de comentários tanto a favor quanto contra sua atitude de orar pelos
estudantes. Sanaa Hersi, cuja família é muçulmana, é mãe de uma das crianças
que eram levadas para a escola pelo motorista e disse ao StarTribune que
orações cristãs “iriam confundir as crianças”, porque em sua família elas são
ensinadas “a orar no caminho do Islã”.
Já Nikki Williams, cujos três filhos eram levados para a
escola primária pelo motorista, afirma que a oração não o incomodava em nada, e
que “se alguém está orando, as pessoas podem se incluir na oração dele ou não…
os que não gostam disso podem simplesmente ignorá-lo”.