Por causa dessa divisão histórica, a postura de Francisco vem gerando críticas entre os setores mais conservadores da Igreja Católica
![]() |
“Não é todo dia que um papa celebra Lutero” – Reprodução
|
Na data em que se comemora a Reforma Protestante em 31 de
outubro o papa Francisco vai para a Suécia, onde participará de um evento que
marcará a contagem regressiva para os 500 anos do movimento que dividiu a
Igreja Católica e deu origem ao movimento evangélico.
O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, ressaltou a importância
histórica da visita:
“Não é todo dia que um papa celebra Lutero”.
A viagem papal usa
como lema “Juntos na esperança” e marca também um passo importante na campanha
ecumênica mundial. O pontífice argentino, tem como marca a defesa constante da
união entre as religiões, buscando com frequência boas relações com líderes
judeus, protestantes e muçulmanos.
![]() |
“Duas palavras vêm à mente: reforma e Escritura” – Reprodução |
Respondendo à pergunta sobre o que a Igreja Católica poderia
aprender com a tradição evangélica, o papa foi assertivo: “Duas palavras vêm à
mente: reforma e Escritura. Vou tentar explicar.
A primeira palavra é ‘reforma’. A princípio, o gesto de
Lutero era um gesto de reforma em um momento difícil que vivia a Igreja. Lutero
queria chegar a uma solução para uma situação complexa. Então, este gesto
tornou-se um ‘estado’ da separação e não um ‘processo’ de reforma da Igreja
como um todo.
A segunda palavra é ‘Escritura’, a Palavra de Deus. Lutero deu um
grande passo ao colocar a Palavra de Deus nas mãos do povo”.
Por causa dessa divisão histórica, a postura de Francisco
vem gerando críticas entre os setores mais conservadores da Igreja Católica,
que a consideram inadequada. Entre as justificativas do Vaticano para a visita,
além do diálogo inter-religioso, é a cerimônia no estádio Malmö, onde católicos
e luteranos farão um novo pedido de solidariedade com os refugiados e um apelo
à paz.
0 comentários:
Postar um comentário