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20 de out. de 2016

“Todo cristão verdadeiro é comunista”, afirma teólogo católico

A trajetória de Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido com Frei Betto, na Igreja Católica é errática.

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A trajetória de Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido com Frei Betto, na Igreja Católica é errática.


A defesa dessas ideias fica evidentes em seus livros – Reprodução
A defesa dessas ideias fica evidentes em seus livros – Reprodução
Mais ligado a movimentos sociais que ao trabalho pastoral, o dominicano se define como um “teólogo da libertação”. Escritor profícuo, com mais de 60 obras publicadas, sempre teve proximidade com movimentos de esquerda. A defesa dessas ideias fica evidentes em seus livros.

Preso duas vezes durante o regime militar, sempre dedicou-se a causa sociais de viés marxista. Assessorou vários governos socialistas, em especial Cuba, nas relações Igreja Católica-Estado. Em entrevista recente, misturou suas convicções ideológicas com os estudos teológicos e defendeu a antiga tese de que Jesus foi simplesmente um líder político.

“Todo cristão é discípulo de um prisioneiro político: Jesus de Nazaré”, disparou. Aos 70 anos de idade, continua acreditando que “todo verdadeiro cristão é um comunista sem o saber” e que “todo verdadeiro comunista é um cristão sem o crer”.

“Sou socialista em decorrência de minha fé cristã” – Reprodução
“Sou socialista em decorrência de minha fé cristã” – Reprodução
Em entrevista ao Brasil 247, ele ignora os preceitos ateísta de todos os expoentes do ideal socialista e assegura: “Sou socialista em decorrência de minha fé cristã”. Justifica ainda que isso é normal na ordem religioso a que pertence. “Os dominicanos brasileiros são filhos de dominicanos franceses e italianos que lutaram junto com os comunistas durante a Segunda Guerra”, resume.
Milhões de cristãos não teriam sido mortos por regimes marxistas – Reprodução
Milhões de cristãos não teriam sido mortos por regimes marxistas – Reprodução
As afirmações de Frei Betto não passaram despercebidas pelo pastor Artur Eduardo, da Igreja Evangélica Aliança de Recife. Pós graduado em Teologia Bíblica e Doutorando em Filosofia, ele acredita que o discurso de Frei Betto é “incoerência” e carece de uma base sólida.

“Esse tipo de declaração é incoerente pois dissocia o comunismo de quem o idealizou. Para Karl Marx (1818-1883), o cristianismo era uma das principais “ferramentas” da burguesia, que contrariava tudo aquilo que ele defendeu ao longo de sua vida. Quando disse que a religião é o ópio do povo criou uma ligação inegável entre socialismo e ateísmo”, assevera.
Para o pastor, se o que Frei Betto diz tivesse um mínimo de sentido, milhões de cristãos não teriam sido mortos por regimes marxistas.

“O que esse teólogo católico tenta promover é uma ligação irreconciliável entre pensamentos antagônicos, pois reduz Jesus Cristo a um líder político, 
desprezando o aspecto mais importante: sua divindade”, assevera Artur.
Em sua opinião, esse tipo de comparação é perigosa.

“Os cristãos devem ficar atentos às bobagens, heresias e distorções ditas por ideólogos que se dizem cristãos, mas cujo único propósito é disseminar suas convicções políticas. Eles não defendem o cristianismo verdadeiro, pois tentam fazer de Jesus o que ele nunca foi. O centro do Evangelho é a chegada do Reino, não um regime humano”.

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