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18 de nov. de 2016

Facebook e Google declaram guerra aos sites de notícias falsas

Gigantes tomam medidas para impedir que páginas maliciosas se beneficiem de seu sistema de publicidade.

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Gigantes tomam medidas para impedir que páginas maliciosas se beneficiem de seu sistema de publicidade.


“De tudo o que as pessoas publicam no Facebook, 99% é autêntico” – Reprodução
                               “De tudo o que as pessoas publicam no Facebook, 99% é autêntico” – Reprodução 

Google e Facebook declararam guerra aos sites de Internet que difundem notícias falsas, que o buscador e a rede social vão impedir que se beneficiem de seus serviços de publicidade. As notícias falsas, portanto, continuarão aparecendo nas buscas e poderão ser compartilhadas, mas não poderão obter anúncios por intermédio dos gigantes do Vale do Silício, o que pode significar sua asfixia econômica. Nenhuma das duas empresas especificou como identificará os sites mentirosos contra o quais aplicará estas medidas.

Ambas as corporações tomaram esta decisão depois que o Facebook foi acusado de ter influído na campanha das eleições presidenciais dos Estados Unidos com a difusão de informações falsas que, no final, supostamente favoreceram Donald Trump.

A mais criticada foi a que afirmava que o papa Francisco havia dado seu apoio ao candidato republicano. Na sexta-feira, durante uma conferência transmitida na ferramenta que mais promovem, o Facebook Live, o próprio Mark Zuckerberg justificou seu papel durante a campanha.

“De tudo o que as pessoas publicam no Facebook, 99% é autêntico. Somente uma pequena quantidade de notícias são falsas ou um engano”, escreveu o criador da rede social no sábado. Pensar que “tenham influído nas eleições de todo modo é uma ideia muito louca. Os eleitores tomam decisões baseando-se nas experiências que vivem”.

No entanto, o primeiro passo foi dado na segunda-feira pelo Google ao anunciar que impedirá o uso de seu serviço online de publicidade (AdSense) pelos sites que propagam notícias falsas, segundo antecipou The New York Times.

Horas depois, o Facebook anunciava que não mostrará anúncios em sites que incluam conteúdos enganosos. Isso levará a mudanças em sua ferramenta Audience Network, um autosserviço de publicidade online que aceita ou rejeita a promoção de links em poucos minutos. Daqui por diante vai identificar melhor os sites de conteúdo ilegal, uma lista à qual serão acrescidas as páginas de fake news e os sistemas hoax (mensagens falsas em rede que são reproduzidas em fóruns, redes e mensagem eletrônica).

“Atualizamos nossa política para deixar claro que também [o sistema de veto] vai ser aplicado às notícias falsas”, disse um porta-voz do Facebook em um comunicado. “Nossa equipe continuará vigiando de perto os possíveis novos sites de falsidades e monitorando os existentes para garantir o cumprimento” da nova normativa da rede social.

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