Gigantes tomam medidas para impedir que páginas maliciosas se beneficiem de seu sistema de publicidade.
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“De tudo o que as pessoas publicam no Facebook, 99% é autêntico” – Reprodução
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Google e Facebook declararam guerra aos sites de
Internet que difundem notícias falsas, que o buscador e a rede social vão
impedir que se beneficiem de seus serviços de publicidade. As notícias falsas,
portanto, continuarão aparecendo nas buscas e poderão ser compartilhadas, mas
não poderão obter anúncios por intermédio dos gigantes do Vale do Silício, o
que pode significar sua asfixia econômica. Nenhuma das duas empresas
especificou como identificará os sites mentirosos contra o quais aplicará estas
medidas.
Ambas as corporações tomaram esta decisão depois que o
Facebook foi acusado de ter influído na campanha das eleições presidenciais dos
Estados Unidos com a difusão de informações falsas que, no final, supostamente
favoreceram Donald Trump.
A mais criticada foi a que afirmava que o papa Francisco
havia dado seu apoio ao candidato republicano. Na sexta-feira, durante uma
conferência transmitida na ferramenta que mais promovem, o Facebook Live, o
próprio Mark Zuckerberg justificou seu papel durante a campanha.
“De tudo o que as pessoas publicam no Facebook, 99% é autêntico. Somente uma pequena quantidade de notícias são falsas ou um engano”, escreveu o criador da rede social no sábado. Pensar que “tenham influído nas eleições de todo modo é uma ideia muito louca. Os eleitores tomam decisões baseando-se nas experiências que vivem”.
No entanto, o primeiro passo foi dado na segunda-feira pelo
Google ao anunciar que impedirá o uso de seu serviço online de publicidade
(AdSense) pelos sites que propagam notícias falsas, segundo antecipou The New
York Times.
Horas depois, o Facebook anunciava que não mostrará anúncios
em sites que incluam conteúdos enganosos. Isso levará a mudanças em sua
ferramenta Audience Network, um autosserviço de publicidade online que aceita
ou rejeita a promoção de links em poucos minutos. Daqui por diante vai
identificar melhor os sites de conteúdo ilegal, uma lista à qual serão
acrescidas as páginas de fake news e os sistemas hoax (mensagens falsas em rede
que são reproduzidas em fóruns, redes e mensagem eletrônica).
“Atualizamos nossa política para deixar claro que também [o
sistema de veto] vai ser aplicado às notícias falsas”, disse um porta-voz do
Facebook em um comunicado. “Nossa equipe continuará vigiando de perto os
possíveis novos sites de falsidades e monitorando os existentes para garantir o
cumprimento” da nova normativa da rede social.
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