No documento divulgado pelo Vaticano, Francisco lembra que o “aborto é um pecado grave, uma vez que põe um fim a uma vida inocente”.
![]() |
Carta apostólica é divulgada em meio a críticas de segmentos conservadores da Igreja – Reprodução |
O papa Francisco fez mais um anúncio controverso nesta
segunda-feira (21). Após ter permitido, no final de 2015, que os sacerdotes
perdoassem mulheres que tenham abortado, estabeleceu como limite o final do
Jubileu da Misericórdia, que se encerrou neste domingo (20).
No documento divulgado pelo Vaticano, Francisco lembra que o
“aborto é um pecado grave, uma vez que põe um fim a uma vida inocente”. Ao
mesmo tempo, lembra que “Não há pecado ao qual a misericórdia de Deus não
possa chegar e limpar um coração arrependido”.
Sendo assim, garantiu aos padres católicos o poder para perdoar
abortos. Tal concessão era dada somente para bispos.
Sua “carta apostólica” diz: “de agora em diante concedo a
todos os sacerdotes, em razão de seu ministério, a faculdade de absolver a quem
tenha procurado o pecado do aborto”. O material parece ser outra uma tentativa
de fazer da Igreja Católica uma instituição mais inclusiva.
Chama atenção da publicação ser divulgada em meio a
cobranças que o pontífice está recebendo dos setores mais conservadores da
Igreja.
Quatro cardeais divulgaram recentemente críticas públicas a
Francisco, acusando-o de gerar confusão nos temas morais referentes à família,
como o próprio aborto.
Segundo O Globo, o papa não irá responder ao pedido dos
cardeais de se retratar, preferindo dizer que isso parte daqueles dentro da
Igreja que possuem uma visão em “preto ou branco”.
0 comentários:
Postar um comentário