Cada Estado que quiser se candidatar ao regime deverá enumerar, em seu plano de recuperação, as medidas a serem adotadas em busca do equilíbrio fiscal.
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“O Congresso Nacional é soberano e respeitamos sua decisão” – Reprodução |
Após a Câmara dos Deputados ter retirado todas as
contrapartidas que deveriam ser adotadas pelos governos estaduais que aderissem
ao plano de renegociação de dívidas, o Ministério da Fazenda afirmou em nota
que o governo vai trabalhar para assegurar as medidas de ajuste fiscal nos
estados.
“Serão aprovados os planos que, de fato, viabilizem esse equilíbrio”,
diz a pasta.
Nesta terça-feira Câmara aprovou por 296 votos a 12 o
projeto de renegociação da dívida dos Estados com a incorporação do regime
especial. Mas os deputados derrubaram a lista de medidas amargas que deveria
ser adotada pelos governadores que aderissem ao programa.
O receituário incluía programa de desestatização, elevação
da contribuição previdenciária de servidores para 14%, redução de incentivos
tributários e postergação de reajustes já concedidos ao funcionalismo. Dessa
forma, restaram apenas os benefícios, que incluem a suspensão do pagamento da
dívida pelos estados por até 36 meses. O plano também permite que as dívidas de
estados em situação financeira problemática sejam pagas em até vinte anos.
Cada Estado que quiser se candidatar ao regime deverá
enumerar, em seu plano de recuperação, as medidas a serem adotadas em busca do
equilíbrio fiscal, explicou a Fazenda. Mas essas propostas passarão pelo crivo
do governo, que vai avaliar a eficácia do plano. “Compete ao Ministério da
Fazenda a análise e recomendação para aprovação final do presidente da
República”, diz a nota.
Na declaração à imprensa, a Fazenda observa ainda que, além
das vedações e condições que os Estados teriam de cumprir ao aderir o regime, a
Câmara suprimiu a definição da situação financeira que tornaria um governo
estadual elegível ao regime de recuperação.
“O Congresso Nacional é soberano e
respeitamos sua decisão, como o Ministério da Fazenda sempre fez. O próximo
passo será a análise do presidente da República do texto aprovado para a sua
eventual sanção”, afirmou a Fazenda.
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