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12 de dez. de 2016

Sem aprovação do Orçamento de 2017, gasto com saúde será reduzido

Eduardo Braga disse que aumento de R$ 9,9 bilhões em seu parecer para recursos da saúde será perdido se Congresso não aprovar projeto neste ano.

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Eduardo Braga disse que aumento de R$ 9,9 bilhões em seu parecer para recursos da saúde será perdido se Congresso não aprovar projeto neste ano.


O relatório prevê R$ 9,9 bilhões a mais em receita para o Ministério da Saúde – Reprodução
O relatório prevê R$ 9,9 bilhões a mais em receita para o Ministério da Saúde – Reprodução 
O relator da proposta do Orçamento federal para 2017, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou nesta segunda-feira (12) que, caso o Congresso não aprove o projeto ainda neste ano, os gastos com saúde do ano que vem serão reduzidos em R$ 9,9 bilhões, na comparação com o que está proposto hoje.

O parecer final foi apresentado nesta segunda. A previsão é que o texto seja votado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na próxima quarta-feira (14) e apreciado no plenário do Congresso na quinta (15).

O relatório de Braga prevê R$ 9,9 bilhões a mais em receita para o Ministério da Saúde, em relação ao que constava da Proposta de Lei Orçamentária enviada pelo governo em agosto.

Braga explicou que, no caso de não aprovação do projeto neste ano, o governo precisará iniciar 2017 aplicando regra que limita o gasto mensal a 1/12 do que o previsto no projeto apresentado inicialmente pelo governo.

Para o relator, não aprovar o orçamento nesta semana “terá consequências dramáticas”. Ele explicou que parte desse valor a mais seria destinado a reduzir filas nas cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Braga foi questionado se a divulgação de delação de ex-executivo da Odebrecht, que traz nomes de parlamentares, pode atrapalhar a tramitação do projeto. 

“Espero que não, pelo bem do Brasil. O país tem que funcionar, não podemos parar o país em função dessas questões”, disse.

Apesar de a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos ainda não estar aprovada, o projeto do orçamento já limita o crescimento das despesas à inflação.

A exceção se dá na saúde, já que o governo anunciou que essa área passará a respeitar o teto em 2018. No ano que vem, pela PEC do teto, a aplicação em saúde deverá sem ampliada para 15% da receita corrente líquida.

Emendas


No total, foram apresentadas 7.816 emendas para alterar as previsões de despesa, sendo 7.187 individuais, 448 de bancada e 181 de comissão.

O relator incluiu no parecer quase R$ 35 bilhões em emendas próprias, individuais, de bancadas e comissões. O aumento de despesa foi parcialmente compensado com cortes em outras áreas. Ainda assim, a despesa total de 2017 foi ampliada em aproximadamente R$ 16 bilhões.

PIB


Os parâmetros econômicos usados para elaborar o relatório final foram os mesmos apresentados pelo governo em agosto deste ano. O relatório leva em conta, por exemplo, que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 1,6% em 2017. O próprio governo já reduziu essa estimativa para 1%. A previsão do mercado está em 0,7%.

O relator argumentou que não está autorizado a mudar esses parâmetros, o que caberia ao comitê de avaliação da CMO.

Para ele, o relatório está equilibrado, já que apesar de haver chance de as receitas serem impactadas negativamente com o desempenho da economia, o texto traz previsões conservadoras para outras arrecadações, que podem ser maiores.

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