As suspeitas são de que Andrea Neves teria pedido dinheiro, em nome do irmão... A prisão preventiva foi autorizada pelo relator da Operação Lava-Jato...
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Andrea Neves é presa em Belo Horizonte
Foto: Reprodução
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A empresária Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves
(PSDB-SP), foi presa na manhã desta quinta-feira (28 de maio de 2017), em Belo
Horizonte, informou a VEJA o advogado criminalista Alberto Toron. A prisão
preventiva de Andrea Neves foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator
da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
As suspeitas são de que Andrea teria pedido dinheiro, em
nome do irmão, para o empresário Joesley Batista, antes mesmo que o próprio
senador o fizesse. Nesta quarta-feira, o jornal O Globo revelou que, em acordo
de delação premiada, o empresário dono da JBS gravou o tucano pedindo 2
milhões de reais sob a justificativa de custear sua defesa na Operação
Lava-Jato.
Na gravação de Batista, Aécio teria sugerido que o dinheiro
fosse entregue a um primo seu. De acordo com O Globo, o presidente do PSDB
teria dito ao empresário que o valor custearia o trabalho do advogado Alberto
Zacharias Toron. A conversa teria durado 30 minutos e foi gravada em um hotel
em São Paulo.
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Aécio Neves e Andrea Neves
Foto: Reprodução
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“Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se
você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”, teria
dito Joesley ao tucano. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer
delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu
porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”,
teria respondido Aécio, em uma suposta referência a seu primo Frederico Pacheco
de Medeiros.
Ainda segundo a publicação, o dinheiro foi entregue em
quatro parcelas de 500.000 reais a Medeiros pelo diretor de relações
institucionais da JBS, Ricardo Saud. Uma das entregas teria sido filmada pela
Polícia Federal, ocasião em que Frederico Medeiros teria repassado o dinheiro a
Mendherson Souza Lima, secretário do senador Zezé Perrella (PMDB-MG).
O jornal também informa que a PGR tem indícios de que essa
parte do dinheiro não foi destinada ao pagamento do advogado. A PF teria
seguido Souza Lima, que fez três viagens de carro a Belo Horizonte para levar a
propina. Ele teria remetido os 500.000 reais à empresa Tapera Participações
Empreendimentos Imobiliários, de Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella.
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