A oposição trabalha com a estratégia de obstruir ao máximo a sessão. O objetivo é prolongar o desgaste de Temer.
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Se o governo temer não conseguir os 342 votos, saíram com o carimbo de derrotado da sessão – Reprodução |
Apesar de admitir nos bastidores que não tem os
342 votos necessários para dar prosseguimento à denúncia contra o presidente
Michel Temer, a oposição trabalha com a estratégia de obstruir ao máximo a
sessão. O objetivo é prolongar o desgaste de Temer, informa o repórter Nilson
Klava, da GloboNews.
Está marcada para o próximo dia 2 de agosto a
votação da denúncia, que só seguirá para o Supremo se pelo menos 342 deputados
votarem contra o presidente.
A estratégia da oposição é a seguinte: os deputados estarão presentes ao
plenário, mas não deverão registrar presença no painel, pois, assim, será
possível saber se o governo terá a força necessária para colocar em plenário os
342 deputados necessários para iniciar a votação.
Os oposicionistas vão tentar adiar a votação em pelo menos
uma semana, para deixar o governo "sangrar".
"Não podemos garantir sessão com quórum baixo. Precisamos obrigar o
deputado a se expor com o voto", disse o deputado Alessandro Molon
(Rede-RJ).
"Se a oposição não marca presença, deputados que optariam pela abstenção
ou ausência serão obrigados a registrar quórum para ajudar o governo",
acrescentou.
Por isso o Palácio do Planalto está tão cauteloso.
Auxiliares de Temer ensaiam o discurso de que o quórum para iniciar a votação é
de responsabilidade da oposição. O governo teme não conseguir na próxima semana
ter os 342 deputados em plenário e, com isso, sair com o carimbo de derrotado
na sessão.
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