Os ocupantes de cargos no governo Temer e os políticos mais fiéis a ele pagarão o preço em 2018, sobretudo no Nordeste.
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Caso haja reviravolta no quadro de hoje, presidente será uma espécie de anticabo eleitoral – Reprodução |
Pergunta para ser respondida nas eleições de 2018: que
partido ou candidato ousará levar Michel Temer para o seu palanque? A pergunta
antecede outra: que influência o apoio fiel dado a Temer, hoje, terá sobre a
corrida eleitoral do próximo ano, sobretudo em relação a cargos majoritários
que estarão em disputa (senador e governador)?
Tudo indica que Temer será uma espécie de anti-cabo
eleitoral. A tática utilizada para evitar danos é conhecida: esconde-se o personagem
durante a campanha, não deixa que ele apareça em cartazes, em slogans, em atos
públicos, e tenta-se levar a campanha para os temas que afetam diretamente a
população, como segurança, saúde ou educação.
Tirando o fato de que essa tática não necessariamente é
bem-sucedida, resta a ressalva de que há de se levar em conta também o grau de
aproximação e fidelidade que se teve com o personagem.
Em 2018 teremos eleições para presidente, e as questões
nacionais permearão as locais. Aumento de geração de emprego, por exemplo,
depende mais do presidente do que do governador. Outro detalhe é que em 2018
não teremos mais um partido só como “vilão preferencial” dos ataques sobre
corrupção. As novas gravações e delações que surgiram no pós-impeachment
escancararam a compreensão de que as propinas e as distorções do financiamento
das campanhas são um problema sistêmico, que atinge a todos. Em 2018 a fantasia
de vestal ou santo não caberá em ninguém.
A situação ainda sofrerá a influência de dois fatores que se
encontram em estado embrionário: a reforma política e a rearrumação dos
partidos, como está acontecendo agora com o DEM, que pode receber parlamentares
de outros partidos e formar uma espécie de centro liberal.
Por enquanto, mantidas as atuais temperatura e pressão do
quadro nacional, a conclusão que se pode tirar é que os ocupantes de cargos no
governo Temer e os políticos mais fiéis a ele pagarão o preço dessa opção em
2018, sobretudo no Nordeste.
Com informações Diário de Pernambuco/S1Noticias
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