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8 de ago. de 2017

Apoio a Temer vai tirar votos em 2018?

Os ocupantes de cargos no governo Temer e os políticos mais fiéis a ele pagarão o preço em 2018, sobretudo no Nordeste.

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Os ocupantes de cargos no governo Temer e os políticos mais fiéis a ele pagarão o preço em 2018, sobretudo no Nordeste.


 Caso haja reviravolta no quadro de hoje, presidente será uma espécie de anticabo eleitoral – Reprodução
Caso haja reviravolta no quadro de hoje, presidente será uma espécie de anticabo eleitoral – Reprodução
Pergunta para ser respondida nas eleições de 2018: que partido ou candidato ousará levar Michel Temer para o seu palanque? A pergunta antecede outra: que influência o apoio fiel dado a Temer, hoje, terá sobre a corrida eleitoral do próximo ano, sobretudo em relação a cargos majoritários que estarão em disputa (senador e governador)?

Tudo indica que Temer será uma espécie de anti-cabo eleitoral. A tática utilizada para evitar danos é conhecida: esconde-se o personagem durante a campanha, não deixa que ele apareça em cartazes, em slogans, em atos públicos, e tenta-se levar a campanha para os temas que afetam diretamente a população, como segurança, saúde ou educação.

Tirando o fato de que essa tática não necessariamente é bem-sucedida, resta a ressalva de que há de se levar em conta também o grau de aproximação e fidelidade que se teve com o personagem.

 Caso haja reviravolta no quadro de hoje, presidente será uma espécie de anticabo eleitoral – Reprodução
Em 2018 teremos eleições para presidente, e as questões nacionais permearão as locais. Aumento de geração de emprego, por exemplo, depende mais do presidente do que do governador. Outro detalhe é que em 2018 não teremos mais um partido só como “vilão preferencial” dos ataques sobre corrupção. As novas gravações e delações que surgiram no pós-impeachment escancararam a compreensão de que as propinas e as distorções do financiamento das campanhas são um problema sistêmico, que atinge a todos. Em 2018 a fantasia de vestal ou santo não caberá em ninguém.

A situação ainda sofrerá a influência de dois fatores que se encontram em estado embrionário: a reforma política e a rearrumação dos partidos, como está acontecendo agora com o DEM, que pode receber parlamentares de outros partidos e formar uma espécie de centro liberal.

Por enquanto, mantidas as atuais temperatura e pressão do quadro nacional, a conclusão que se pode tirar é que os ocupantes de cargos no governo Temer e os políticos mais fiéis a ele pagarão o preço dessa opção em 2018, sobretudo no Nordeste.

 Caso haja reviravolta no quadro de hoje, presidente será uma espécie de anticabo eleitoral – Reprodução

Com informações Diário de Pernambuco/S1Noticias 

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