Cenário é de troca de críticas, candidaturas rivais e disputa por herança. Hoje, a família se divide em três correntes políticas.
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Na família, o cenário atual é de troca de críticas e de
disputa – Reprodução
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Três anos após a morte de Eduardo Campos, a família do
ex-governador de Pernambuco está rachada. Hoje, ela se divide em três correntes
políticas: uma do irmão, Antônio; outra do filho e da mulher, João e Renata; e
uma terceira via, com a prima Marília.
Na família, o cenário atual é de troca de críticas e de
disputa por um poder que surgiu há décadas: a "dinastia" começou com
o avô, Miguel Arraes (1916-2005), ex-prefeito de Recife e governador de
Pernambuco por três vezes.
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De um lado está o advogado Antônio Campos, único irmão de
Eduardo. Neste ano, ele saiu do PSB - partido do clã desde 1990 e que completa
70 anos neste mês- e se filiou ao Podemos. Nas eleições de 2018, Antônio vai
concorrer a deputado federal.
Na disputa, ele enfrentará o próprio sobrinho, João Henrique
Campos, um dos cinco filhos de Eduardo. O jovem é visto como o sucessor
político de Eduardo Campos. Recém-formado em engenharia civil pela Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), ele tem 23 anos e assumiu, em fevereiro, o cargo
de chefe de gabinete do atual governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Nesse aspecto, o jovem repetiu a história do pai, que,
também aos 22 anos, virou chefe de gabinete do então governador Miguel Arraes,
em 1987.
A terceira corrente é encabeçada por Marília Arraes, prima
do ex-governador e, como ele, neta de Miguel Arraes. Vereadora do Recife, ela
rompeu politicamente com a família ainda quando Eduardo concorria à
Presidência, em 2014. Deixou o PSB, filiou-se ao PT, e deve ser a candidata do
partido de Lula ao governo de Pernambuco.
Ana Arraes, mãe de Eduardo, também tem sido cortejada como
parceira de chapa de pelo menos dois presidenciáveis. A BBC Brasil apurou que,
dentro do PSB, o nome da matriarca é cogitado para dividir uma possível chapa
com Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo e pré-candidato à
Presidência.
Para isso, no entanto, ela teria de deixar o cargo de
ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), cadeira que assumiu durante o
governo de Dilma Rousseff.
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