Uma chuva de meteoros chamada de Geminídeas foi registrada
na madrugada desta sexta-feira (14 de
dezembro de 2012) em diversos locais dos hemisférios norte e sul do planeta. No
Brasil, o fenômeno pôde ser observado em cidades interioranas e localizadas no
litoral, como em Natal, no Rio Grande do Norte.
De acordo com Marcelo Bruckmann, técnico de laboratório do
Observatório Astronômico da PUC-RS, as chuvas de meteoros são bastante comuns,
mas têm seu ápice em alguns meses do ano, como em novembro e dezembro, como
ocorreu na madrugada desta sexta.
“A observação não requer uma necessidade de telescópio. Na
observação visual, a posição quase privilegiada é horizontal e você tem que
estar afastado da proximidade de um centro urbano, principalmente por causa da
poluição luminosa, que faz com que o céu fique claro”, explicou o especialista.
Bruckmann disse ainda que apesar de possivelmente mais fraca
ainda será possível observar o fenômeno na noite desta sexta. “No geral as
chuvas têm um período de incidência e têm o dia da máxima intensidade. De ontem
(quinta-feira) para hoje (sexta-feira), por exemplo. Nos dias subsequentes o
decaimento é significativo, mas mesmo assim é possível observá-la”.
Como observar
Por volta da 0h, quando a constelação de Gêmeos (que dá nome
à chuva de meteoros) ficou visível acima do horizonte (aproximadamente na
direção nordeste, em todo o Brasil), já foi possível ver os primeiros flashes.
O ideal é tentar ficar na posição horizontal. Ao invés de sentar em uma
cadeira, use uma espreguiçadeira, por exemplo, ou deite completamente.
Binóculos e telescópios não são necessários. Na verdade, eles nem ajudam devido
à dificuldade de prever o local onde o meteoro vai passar, já que diminuem o
campo de visão.
O que causa a chuva de meteoros
A maior parte dessas chuvas é causada pelo rastro de um
cometa. Quando um desses objetos cruza o Sistema Solar, ele deixa uma grande
quantidade de detritos por onde passa. Todo ano, quando a Terra atravessa algum
desses rastros, os detritos queimam e brilham ao entrar na atmosfera, ou seja,
viram meteoros.
Contudo, nas Geminídeas a coisa não é tão simples. O
"culpado" pela chuva é um misterioso objeto chamado de 3200 Phaethon.
Quando ele está mais próximo do Sol (periélio), apresenta um aumento de brilho
como um cometa. Contudo, a sua órbita é característica de um asteroide. Segundo
a Nasa, o debate para saber se ele é um cometa ou asteroide é intenso e
atualmente ele é considerado um "cometa extinto" - ou seja, sobrou
apenas o "esqueleto" rochoso após seu gelo derreter por causa do
calor do Sol.
Da redação do S1 NotíciasCom informações do Terra
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