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Jack Levin, professor de sociologia e criminologia da
Universidade Northeastern é o autor do estudo. Ele e o co-autor Arnold Arluke,
um professor da mesma universidade, entregaram aos participantes quatro artigos
fictícios. Um deles falava sobre violência contra uma criança de um ano de
idade, de um adulto de 30 anos, de um filhote de cachorro e o de um cão adulto.
Todas as histórias eram idênticas, exceto pela identificação
da vítima. Após lerem os artigos, as pessoas deviam indicar seu “grau de
empatia” em relação à vítima. Foram entrevistados 240 homem e mulheres adultos.
A diferença do nível de empatia pela criança e pelo filhote
de cachorro foi quase insignificante, mas a grande maioria disse se revoltar
mais com a violência contra o cachorro adulto do que contra o homem de 30 anos.
Embora o estudo se baseie no exemplo de cachorros, os
pesquisadores acreditam que as conclusões seriam as mesas se fossem outros
tipos de mascotes. “Cachorros e gatos são animais de estimação e muitas vezes
são considerados parte da família. Muitas pessoas atribuem a esses animais
características humanas”, explica.
“Os humanos adultos vítimas de violência recebem menos empatia que as crianças, os filhotes e os cães adultos vítimas de abuso ou crimes. Ou seja, os cachorros adultos são vistos como dependentes e vulneráveis, tanto quanto seus filhotes e as crianças”, explicou Levin.
Durante sua apresentação, Levin ressaltou: “A idade parece
ser mais relevante que a espécie quando se trata de receber empatia.
Aparentemente, considera-se que os humanos adultos são capazes de se proteger,
enquanto os cachorros adultos são vistos como filhotes maiores”.
Levando-se em conta o grande número de instituições e ONGs
que agem em defesa dos animais, o resultado não surpreende. No Brasil, a
maioria dos donos de animais de estimação gasta mais de R$ 50 por mês para
cuidar do bicho. Apenas 12% conseguem gastar menos do que isso. Mais da metade
(quase 65%) deixa entre R$ 50 e R$ 120 nos pet shops todos os meses.
Enquanto isso, organizações cristãs como a Visão Mundial
encontram dificuldades para encontrar pessoas que doem 50 reais por mês para “apadrinhar” crianças que morrem de fome num
país onde oficialmente existem 42,3 milhões de evangélicos, ou 22,2% dos
brasileiros.
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