Fonte: Nathiele Ferreira
Apesar de ser totalmente curável, a pneumonia mata, em média, duas pessoas todos os dias na Paraíba
Foram 646 óbitos registrados entre janeiro e agosto deste
ano, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) da Secretaria
de Estado da Saúde (SES).
Do total das vítimas, 22 eram crianças e pré-adolescentes
com menos de 14 anos de idade.
João Pessoa (164), Campina Grande (40),
Santa Rita (29), Patos (22), Bayeux (21), Cajazeiras (16), Sousa (14),
Pombal (12), Guarabira (12), Sapé (12), Cabedelo (11), Santa Luzia (8) e Alagoa
Grande (7) foram as cidades com a maior quantidade de ocorrência.
Segundo o médico pneumologista Sebastião Costa, membro da
Sociedade de Pneumologia da Paraíba, as mortes são reflexos do aumento
dos casos de viroses e infecções respiratórias, dois problemas de saúde que
diminuem as defesas do organismo. “A pneumonia que mais mata é a causada por
bactérias, que se aproveitam da pouca imunidade da pessoa”, disse o
especialista.
Outro motivo que aumenta a mortalidade é a demora em buscar
atendimento adequado. De acordo com o médico, a pneumonia apresenta sintomas
similares aos da gripe, o que faz a população resistir em buscar ajuda no
estágio inicial da doença.
Os sintomas da pneumonia são tosse, febre, secreção
amarelada e dor na região do tórax. O paciente ainda fica indisposto. Apesar
dos aspectos parecidos com os da gripe, alguns sinais no organismo podem
indicar a presença de uma infecção causada por pneumonia. De acordo com o
médico, o paciente precisa buscar ajuda, no momento em que perceber que a
secreção, que era clara ficou na cor esverdeada e quando a febre passa a durar
de 3 para 7 dias. O médico explicou que os sinais indicam que ocorreu um
processo inflamatório, que pode ser a pneumonia, bronquite ou sinusite.
ASSISTÊNCIA
Na Paraíba, a assistência aos pacientes é oferecida,
inicialmente, nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). O tratamento
dura, em média, sete dias e é feito à base de antibióticos. O processo não pode
ser interrompido, sob o risco da doença se tornar ainda mais resistente ao
medicamento.
Segundo a gerente executiva de Atenção à Saúde da Secretaria
de Estado da Saúde (SES), Patrícia Assunção, as equipes das unidades do PSF
atendem e encaminham os pacientes para realizarem exames. “Em casos mais
graves, o paciente é orientado a buscar ajuda na Unidade de Pronto Atendimento
ou nos hospitais referenciados. Qualquer unidade hospitalar, seja pública ou
privada, tem condições de atender a pessoa que esteja com pneumonia”, destacou.
Em João Pessoa, a unidade referenciada para esse tipo de
atendimento é o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, instalado no bairro de
Jaguaribe. A gestora ainda acrescentou que existem vários fatores que elevam a
ocorrência de pneumonias. Por isso, o Estado vem investindo em ações de
prevenção em parceria com municípios.
“Assim como outras doenças, a pneumonia se aproveita da
baixa imunidade das pessoas, que é causada principalmente pela alimentação
inadequada. Temos feito ações preventivas para mudar isso”, declarou.
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