Medo de cesariana fez mulher fugir do hospital quando tinha 9 meses de gestação
No ano de 1955, Zahra Aboitalib foi levada a um hospital
depois de sentir as dores do parto. Ela então presenciou a morte de uma outra
mulher que havia passado por cesariana. Com medo de que o mesmo pudesse
acontecer com ela, a marroquina fugiu e, depois de alguns dias com fortes
dores, começou a se sentir melhor.
Alguns dias depois ela parou de sentir o bebê em suabarriga, e percebeu que a criança poderia ter morrido. Para tentar superar o
fato da morte da criança, Zahra adotou três filhos e dedicou sua vida a cuidar
deles.
No ano de 2011 ela começou a sentir dores abdominais fortes,
e um de seus filhos a levou ao hospital. O médico Taibi Ouazzani pensou que a
mulher tivesse um tumor estomacal, e ao fazer um ultrassom, ele apenas viu uma
massa estranha. Zahra foi levada a um especialista que fez novos exames e
descobriu que a paciente carregava um bebê calcificado que lá estava por 46
anos.
Tudo aconteceu porque Zahra teve uma gestação complicada,
quando o óvulo fecundado não é acomodado no útero, mas sim na região abdominal:
a gravidez ectópica. Essas gestações são naturalmente interrompidas antes dos
três meses, mas no caso de Zahra ficou por 9 meses e teoricamente deveria ter
sido retirado por cesariana. Como nada foi feito ele acabou morrendo dentro da
barrigada da mãe.
A equipe médica demorou cinco dias para optar pelo
tratamento mais eficiente, já que o bebê calcificado estava ligado aos órgãos
vitais da paciente. A cirurgia foi a opção escolhida, e os médicos encontraram
o bebê no estômago da mãe.
Aos 75 anos Zahra sobreviveu à cirurgia. Os médicos analisaram o material retirado e concluíram que de fato era um bebê mumificado. A mulher teve sorte de ter sobrevivido todo esse tempo, já que o organismo comumente causa reação a corpos estranhos.