O horário de verão começa no domingo, 16 de outubro, quando os relógios dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste deverão ser adiantados em uma hora.
Essa mudança pode acarretar alguns problemas no organismo – Reprodução |
A medida tem como objetivo estimular o aproveitamento do uso
de luz natural para economizar energia. Porém, essa mudança de horário e de
iluminação pode acarretar alguns problemas no organismo, principalmente
de sono e metabolismo.
Sono
O principal problema causado pelo horário de verão é a hora
de sono que a mudança rouba. Atinge a maioria das pessoas, independentemente do
horário em que acordam. Quem costuma sentir os efeitos da mudança de horário no
organismo pode começar a se preparar desde já, adiantando gradualmente a
hora de dormir. Segundo o médico Marcos Pontes, a adaptação pode ser
feita em um período de cinco a sete dias antes do início do novo horário.
“Orientamos as pessoas a dormir uma hora antes – Reprodução |
“Orientamos as pessoas a tentarem acostumar o organismo a
dormir uma hora antes, porque o período de adaptação vai de cinco a sete dias.
Aí quando chegar o horário de verão, você já se acostumou a dormir mais cedo e
acordar mais cedo”, diz o clínico geral do Hospital Santa Lúcia.
De acordo com o médico André Jaime, presidente do
departamento de clínica médica da Associação Paulista de Medicina, mesmo se
você não fizer essa pré-adaptação, seu sono irá se recuperar naturalmente em
até duas semanas.
“O importante para uma boa adaptação é a repetição regular
dos horários, ou seja, ir dormir todos os dias no mesmo horário para que o
organismo se acostume”, explica.
As consequências da mudança de horário no organismo podem ir
desde mal estar, dificuldades para dormir, sonolência diurna até a alterações
de apetite. Segundo Pontes, é preciso tomar alguns cuidados nos dias seguintes
à mudança de horário, como evitar dirigir distâncias longas. “É a mesma coisa
de fazer uma viagem de um fuso horário para outro, tem um período para o
organismo se adaptar àquele novo horário”, diz o médico.
Os idosos e as crianças podem sentir mais os efeitos da mudança – Reprodução |
Os idosos e as crianças, por terem uma necessidade maior de
sono e de rotina, podem sentir mais os efeitos da mudança de horário.
“Principalmente as crianças que vão para a escola de manhã e que terão que
levantar uma hora mais cedo podem ter uma sonolência maior pela manhã. Mas isso
é uma coisa de hábito mesmo, é só manter aquele ritmo que o organismo vai se
habituar”, afirma Pontes. Uma dica para melhorar a adaptação é dormir com a
janela aberta, para que a luminosidade natural ajude a despertar mais cedo.
Hormônios
O horário de verão também pode afetar a produção de certos
hormônios, por causa da glândula pineal, cujo trabalho depende do ciclo solar.
“Ela estimula a produção de alguns hormônios no primeiro contato com a luz
solar e de outros com a ausência de iluminação”, explica o médico André Jaime.
A melatonina, por exemplo, responsável por regular o sono, é produzida quando
escurece. “Como no horário de verão a luz do dia permanece por mais horas, é
comum que as pessoas tenham o sono alterado”, diz o clínico geral do Hospital
das Clínicas, Arnaldo Lichtenstein.
Não é difícil se acostumar com o novo horário – Reprodução |
Portanto, uma pessoa que costuma acordar quando o sol já
nasceu e que, com o horário de verão, passará a acordar quando ainda está
escuro, poderá ter dificuldades para ativar seu metabolismo logo cedo. Os
médicos explicam que não é difícil se acostumar com o novo horário e que
pequenas medidas podem encurtar o período de adaptação ao horário de verão,
evitando prolongar insônias, dificuldade de acordar e cansaço durante o dia principais
problemas que vêm junto com o novo horário.
Neste ano, o horário de verão vai vigorar do dia 16 de
outubro a 19 de fevereiro de 2017.
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