A América é a primeira região do mundo a se livrar completamente do Sarampo endêmico, o que foi considerado um grande passo para a saúde pública.
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Os esforços das organizações começaram há 22 anos, com campanhas contra a doença – Reprodução |
Mais de 50 anos depois de a vacina contra o sarampo ter sido
amplamente disponibilizada, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),
juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou recentemente que
a doença foi eliminada no continente americano o que inclui todos os países da
massa que se estende do Canadá ao Chile, segundo informações do Science
Alert.
Isso significa que a América é a primeira região do mundo a
se livrar completamente do Sarampo endêmico, o que foi considerado um grande
passo para a saúde pública.
Para Carissa Etienne, diretora da OPAS, trata-se de um dia
histórico para as Américas e também o mundo. “E a prova de que um sucesso
notável pode ser alcançado quando os países trabalham juntos e em solidariedade
por um objetivo comum”.
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O sarampo só foi eliminado por algo conhecido como “imunidade de grupo” – Reprodução |
Os esforços das organizações começaram há 22 anos, com
campanhas contra a doença. O último surto a ser controlado no continente
ocorreu na Venezuela em 2002. O Brasil, por sua vez, também está livre da
doença, tendo como último caso registrado um que ocorreu no Ceará em julho de
2015.
Há de se considerar que a eliminação de uma doença viral em
um continente não significa que ela tenha sido completamente erradicada que
equivaleria a completa remoção da doença em todo o planeta. Logo, as pessoas
ainda podem pegar o vírus na região. Por exemplo, neste ano houveram 54 casos
registrados apenas nos EUA, todos originados no exterior e trazidos por
viajantes.
A notícia também não significa que devamos parar com as
vacinações. O sarampo só foi eliminado por algo conhecido como “imunidade de
grupo”, o que significa que cerca de 90 a 95% da população está imunizada contra
a doença. Logo, surtos aleatórios não podem ser desconsiderados, tendo em vista
que a condição é ainda muito difundida em muitas partes do mundo e mata mais de
100.000 pessoas todos os anos.
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Os seres humanos só conseguiram erradicar com sucesso uma única doença – Reprodução |
No entanto, uma vez que as taxas de imunização derrubam as chances
de propagação da doença, elas protegem uma pequena percentagem de pessoas que
não podem ser vacinadas por motivos de saúde, recém-nascidos ou para aqueles em
que as vacinas não são eficazes.
Até o momento, os seres humanos só conseguiram erradicar com
sucesso uma única doença. Graças ao desenvolvimento de uma vacina feita por
Jonas Salk em 1976, o último caso de varíola foi relatado em 1977, e em 1980 a
doença foi considerada erradicada.
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