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9 de nov. de 2016

Chinês que perdeu orelha recebe órgão temporariamente no braço

Órgão artificial foi feito com cartilagem retirada das costelas. Orelha nova é implantada antes no braço para aderir à pele.

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Órgão artificial foi feito com cartilagem retirada das costelas. Orelha nova é implantada antes no braço para aderir à pele.

 Fotos da orelha no braço foram divulgadas pela agência Reuters nesta quarta-feira (9) – China Daily/via Reuters
Fotos da orelha no braço foram divulgadas pela agência Reuters nesta quarta-feira (9) – China Daily/via Reuters
Um paciente chinês, que perdeu a orelha direita em um acidente, teve uma orelha artificial - feita com cartilagem retirada da costela do próprio paciente - implantada temporariamente em seu braço no hospital da Universidade Xi'an Jiaotong, em Xi'an, na província de Shaanxi, na China.

A técnica, aplicada em pacientes que passam por acidentes ou doenças que danificam órgãos como o nariz ou a orelha chama-se "retalho pré-fabricado" ou "retalho pré-moldado".

Pacientes que passam por acidentes ou doenças que danificam órgãos como o nariz ou a orelha têm como alternativa de reparação a técnica de "retalho pré-fabricado" ou "retalho pré-moldado".
 Essa técnica é indicada em situações de exceção - China Daily/via Reuters
Essa técnica é indicada em situações de exceção - China Daily/via Reuters
Quando ocorre a aderência da cartilagem à pele dessa região, o órgão artificial é transplantado para substituir o órgão original, danificado. Com essa técnica, o paciente fica durante um período que vai de algumas semanas até alguns meses com o órgão artificial em uma parte diferente do corpo.

De acordo com o médico Julio Morais, professor assistente da disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), essa técnica é indicada em situações de exceção: quando, por exemplo, a área onde o novo órgão deve ser implantado está traumatizada, com feridas abertas ou danificada por radioterapia.

Nesse caso, prepara-se a estrutura a ser implantada em outra região, mais sadia, e quando a cartilagem está aderida à pele, a estrutura toda é transplantada para o lugar definitivo. Morais conta que os primeiros estudos descrevendo esse método foram publicados na década de 1970 e que ele fez a primeira cirurgia do tipo no Brasil em 1980.

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