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17 de nov. de 2016

Cientistas encontram alimento que ajudou no desenvolvimento do cérebro

Entre 1,9 e 2 milhões de anos atrás, o tamanho do cérebro de nossos ancestrais aumentava dramaticamente.

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Entre 1,9 e 2 milhões de anos atrás, o tamanho do cérebro de nossos ancestrais aumentava dramaticamente.


“É importante estudar o que estava sendo consumido há 1,95 milhão de anos “– Reprodução
           “É importante estudar o que estava sendo consumido há 1,95 milhão de anos “– Reprodução 


Após cientistas encontrarem fragmentos ósseos de variados animais com 1,95 milhão de anos de idade, se tornou evidente a teoria que acredita que nossos antecessores adquiriram a inteligência ao se alimentarem de peixe.

 Segundo o antropólogo da Universidade George Washington, Brian Richmond, os fósseis foram encontrados no norte do Quênia e são a evidência mais antiga do envolvimento de animais aquáticos com ancestrais humanos. Para ele, os ácidos encontrados nos peixes poderiam ter fornecido os nutrientes necessários para a evolução cerebral.

Por esse motivo, os cientistas têm proposto uma dieta de peixe procurando estudar o impulso inicial do cérebro. O estudo, publicado esta semana no Proceedings Journal of the National Academy of Sciences, também apresentou a variedade da dieta dos hominídeos.

“É importante estudar o que estava sendo consumido neste local há 1,95 milhão de anos “, contou Peter Ungar, antropólogo da Universidade de Arkansas, que não esteve envolvido no estudo.

Seis por cento dos fragmentos tinham marcas de corte – Reprodução
         Seis por cento dos fragmentos tinham marcas de corte – Reprodução 


“Eles consumiam mais animais do que nossos parentes vivos mais próximos “, completa. Na época, os ossos foram massacrados e estavam molhados. Foram encontrados em florestas, provavelmente próximos de um grande rio ou lago. A equipe encontrou 506 fragmentos de ossos fossilizados que foram analisados pelas marcas indicadas.

De acordo com Richmond, seis por cento dos fragmentos tinham marcas de corte, o que é um número significativo, sendo que o abate não deixa marca nos ossos. Apenas 1,9 por cento dos ossos tinham marcas de dentes de animais carnívoros, sugerindo que os hominídeos tenham caçado ou lutado com outros carnívoros.

Segundo Richmond, a constatação de que os antigos ancestrais humanos se alimentavam de animais aquáticos ricos de ácidos graxos é incrível, já que explica por que o cérebro começou a aumentar há 2 milhões de anos.

“Uma dieta que inclui tecido animal, especialmente os ricos em nutrientes do cérebro de crescimento como peixes, crocodilos e tartarugas, aumenta o limite do crescimento do cérebro “, disse Richmond ao LiveScience. “Esta é a primeira evidência de uma contribuição substancial desses tipos de alimentos na dieta dos nossos primeiros ancestrais humanos, e ocorre antes que nós tenhamos evidência de um cérebro maior “, completou.

 Na opinião de Ungar, os animais aquáticos são apenas uma peça desse “quebra-cabeça”. Comer peixe certamente não interrompeu a evolução do cérebro, mas pode ter sido a diversidade de sua dieta que resultou na evolução. “Não é necessário consumir apenas esses animais aquáticos, mas prevê que a variedade da dieta possa ser a responsável por esse avanço “, disse Ungar.

Segundo Osbjorn Pearson, antropólogo da Universidade do Novo México, não é possível confirmar se os primeiros hominídeos estavam caçando, embora a falta de marcas de dentes de outros carnívoros preveja a possibilidade de que nossos antepassados fossem caçadores. De qualquer maneira, Richmond acredita que os nossos antepassados hominídeos, “eram realmente bons em encontrar carne”.

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