Delcídio Amaral confirmou que existia uma "estrutura montada" no governo de Lula e que o ex-presidente "tinha um conhecimento absoluto.
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"O presidente não entrava nos detalhes, mas ele tinha um conhecimento” – Reprodução |
O ex-líder do PT no Senado Delcídio Amaral confirmou na segunda-feira
(21 de novembro de 2016), ao juiz federal Sérgio Moro que existia uma
"estrutura montada" no governo Luiz Inácio Lula da Silva para
"bancar as estruturas partidárias" e que o ex-presidente "tinha
um conhecimento absoluto de todos os interesses que rodeavam a gestão da
Petrobrás".
"O presidente não entrava nos detalhes, mas ele tinha um conhecimento absoluto de todos os interesses que rodeavam a gestão da Petrobrás e as diretorias e os partidos que apoiavam os diretores", afirmou Delcídio, ao juiz da Lava Jato, em Curitiba, ao falar sobre o grau de ingerência de Lula no esquema de propinas na Petrobrás.
Denúncia contra Lula caso tríplex
Delcídio foi a primeira testemunha de acusação no processo
contra Lula, dona Marisa Letícia e outros seis réus, no primeiro processo da
Lava Jato, em Curitiba, contra o petista. Também são acusados o
ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, funcionários da
empreiteira e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
O ex-líder no Senado afirmou que nunca teve uma reunião com
Lula sobre o esquema de arrecadação, mas afirmou que ele tinha
"conhecimento absoluto" no esquema de loteamento político das
diretorias da Petrobrás, entre partidos da base aliada.
Delator
No depoimento, Delcídio contou sobre o esquema de
distribuição de cargos no governo Lula e o papel decisivo do escândalo
mensalão, a partir de 2005, para formação da sistemática descoberta pela Lava
Jato de loteamento de cargos estratégicos no governo entre partidos da base,
para arrecadação de propinas e garantia da "governabilidade e base
sólida" no Congresso.
COM A PALAVRA, A DEFESA DO EX-PRESIDENTE LULA
O criminalista Cristiano Zanin Martins, que defende o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no processo nega que o petista seja o
dono do apartamento do Edifício Solaris. Ele nega qualquer envolvimento do
cliente com esquema de corrupção ou lavagem de dinheiro."As testemunhas
não sabem de nenhum ato ilícito que tenha beneficiado o ex-presidente",
afirmou o advogado, ao final da audiência.
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