Devolução se refere a valor captado para a realização de shows em capitais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
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Com o recurso negado, a produtora deverá devolver R$ 1.274.129 88 – Reprodução
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Foi novamente reprovada a prestação de contas da turnê de
Claudia Leitte apoiada pela Lei Rouanet. Em decisão publicação na seção
"Despachos do Ministro", do Diário Oficial da União da quarta-feira
(7) foi confirmado o parecer que exige a devolução do R$ 1,2 milhão captado
para a realização de shows em capitais das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
Procurada, a assessoria de imprensa da cantora disse que
"não vai se pronunciar" sobre o assunto. A decisão ocorreu após a
entrega do parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que ratifica a decisão do
Ministério da Cultura (MinC) em negar o recurso da Produtora Ciel LTDA,
responsável pela turnê.
Segundo a assessoria de imprensa da AGU, não cabe mais recurso administrativo à
decisão. No parecer técnico do MinC, constatou-se que não houve o cumprimento
da "finalidade de democratização do acesso à cultura", especialmente
pela falta de comprovação da distribuição de 8,75% dos ingressos de forma
gratuita e da venda de entradas a preços considerados populares.
"O parecer da AGU somente ratificou o que já havia sido verificado pela área técnica do Ministério da Cultura. Isso quer dizer que a Consultoria Jurídica constatou que não havia entraves jurídicos para a decisão do setor administrativo", informou a assessoria da entidade.
Com o recurso negado, a produtora deverá devolver R$ 1.274.129 88 ao Fundo
Nacional da Cultura (FNC) até 7 de janeiro. De acordo com a AGU, a quantia
poderá ser parcelada em até 12 prestações. "Caso o proponente não pague o
valor devido, será aberta Tomada de Contas Especial (TCE)", informa.
Projeto
A turnê contemplava 12 shows a serem realizados entre maio e julho de 2013.
Contudo, foram realizadas apenas três apresentações, em Ponta Porã (MS), Cuiabá
(MT) e Picos (PI), com público total de 12 mil pessoas. Um dos motivos alegados
foi a captação de apenas 20,4% do solicitado no projeto original.
No recurso, a defesa argumentou que "grande parte dos ingressos foi
vendida a R$ 20 e R$ 40 (média inferior àquela estabelecida no projeto, de R$
35), e, dessa forma, o próprio preço praticado na venda dos ingressos já seria
comprobatório da democratização do acesso à cultura".
"Os espaços que sediaram as apresentações também tiveram uma exposição
muito positiva, com expectativas bastante favoráveis para receber no futuro
eventos de porte igual ou maior, o que representa benefícios diretos para a
população local, como a geração de empregos, entretenimento de qualidade,
dentre outros" ressaltou a defesa.
Com Informações Ric
Mais.
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