Para Ronaldo Caiado (DEM-GO), 'Temer deve ter a sensibilidade que Dilma não teve'; líderes da oposição pediram renúncia do presidente da República
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"Podemos chegar a um último fato para preservar a democracia” – Reprodução |
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), que é
da base do governo, insinuou que o presidente Michel Temer deve renunciar e
cogitou a realização de eleições gerais, com disputa também para os cargos do
Congresso, nesta terça-feira, 13.
No entendimento do senador, após a delação da Odebrecht, que
envolveu na Lava Jato parlamentares de diferentes partidos, além de membros do
governo e também o próprio presidente, é preciso que o Executivo e o
Legislativo verifiquem se ainda têm condição de governar e legislar, do
contrário, seria necessário um "gesto maior".
"Podemos chegar a um último fato para preservar a
democracia, um gesto maior, para mostrar que ninguém governa sem apoio popular.
Nesta hora, não podemos ter medo de uma antecipação do processo eleitoral, de
maneira alguma", afirmou. Neste momento, o senador negou que estivesse
falando diretamente sobre uma possível renúncia de Temer mas, em seguida, se
referiu diretamente ao presidente.
"Não vou fulanizar. Mas acho que Temer saberá balizar
esse momento. Ele deve ter a sensibilidade que não teve a presidente Dilma. Não
é provocar as ruas e insistir em uma tese que não vai sobreviver. Ele precisa
ter noção do que está sendo feito pelo governo e o que é aceito pela
população", disse.
A estratégia da oposição é de realizar eleições
diretas para presidente. Caso Michel Temer seja afastado do cargo, ou
renuncie, ainda em 2016, de acordo com a Constituição, a população teria de ir
novamente às urnas. Entretanto, se ele for afastado a partir de 2017, a eleição
se dará de forma indireta e o novo presidente será escolhido pelos deputados e
senadores do Congresso Nacional.
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