Documentário teve estreia na quinta-feira (16), no Cinema do Museu do Homem do Nordeste.
O filme dirigido por Raoul Peck é construído a partir de um
manuscrito inacabado – Reprodução
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Se parece inaceitável o surgimento do racismo em algum ponto
da existência da humanidade, mais surpreendente ainda é a perpetuação dele até
os tempos atuais. Ao lado de aparentes avanços para a redução da desigualdade
racial, persistem preconceito, opressão e violência que vitimam um incontável
número de pessoas.
O quadro desolador é, direta ou indiretamente, tema de
alguns dos filmes concorrentes ao Oscar deste ano, tendo na categoria dedicada
aos documentários as produções mais incisivas, entre eles Eu não sou seu
negro.
O filme dirigido por Raoul Peck é construído a partir de um manuscrito inacabado do romancista e ensaísta norte-americano James Baldwin. Com cerca de 30 páginas, Remember this house, aborda questões relacionadas ao sistema segregacionista nos EUA, tendo como ponto de partida memórias sobre os três líderes negros assassinados entre 1963 e 1968: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King.
O filme dirigido por Raoul Peck é construído a partir de um manuscrito inacabado do romancista e ensaísta norte-americano James Baldwin. Com cerca de 30 páginas, Remember this house, aborda questões relacionadas ao sistema segregacionista nos EUA, tendo como ponto de partida memórias sobre os três líderes negros assassinados entre 1963 e 1968: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King.
Eu não sou seu negro mostra, através da sociedade
norte-americana, como boa parte do mundo ainda não conseguiu superar a visão
escravocrata que perpetuou por séculos e foi remodelada através de políticas de
segregação ressonantes até hoje. Essencialmente, Baldwin frisa algo simples e
óbvio, mas constantemente esquecido: ele - assim como todos os negros - é um
cidadão como os demais, merecedor de direitos iguais. Um filme tristemente
urgente e necessário.
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