Estudo analisa as alterações demográficas que, nos próximos anos, deverão tornar o Islão na religião com mais fiéis a nível mundial, ultrapassando, assim, o número de cristãos.
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A conclusão é de um estudo do Pew Research Center – Reprodução |
O número de bebés nascidos de origem muçulmana deverá ultrapassar
o de cristãos em duas décadas, o que fará com que o Islão se torna a religião
com o maior número de fiéis no Mundo, em 2075.
A conclusão é de um estudo do Pew Research Center,
referido pelo The Guardian. Segundo o mesmo, no período de 2030 a 2050, a
diferença de nascimentos de bebés cristãos e de bebés muçulmanos será de 224
para 225 milhões, respetivamente.
Entre 2010 e 2015, 31% dos bebés nascidos tinham pais
muçulmanos, ultrapassando a percentagem de 24% referente ao total da população
muçulmana a nível mundial. Por seu turno, no mesmo período, nasceram 33% de
bebés de origem cristã, ultrapassando por pouco os 31% que constituem a
população cristã no Mundo.
Em contraste com estes números, os nascimentos sem qualquer
ligação religiosa tendem a diminuir. Enquanto os ateus e agnósticos
representavam, em 2015, 16% da população mundial, nos cinco anos analisados
pelo think-tank norte-americano constituíram apenas 10% dos nascimento.
A explicação para estas tendências relaciona-se com as
alterações demográficas que se têm verificado nos últimos anos. Enquanto em
países predominantemente cristãos, sobretudo na Europa, se assiste a um
envelhecimento da população e à diminuição do número de jovens, a natalidade
nos países de maioria muçulmana cresce substancialmente.
Apesar da previsão do crescimento da população cristã em
países da África subsariana, na Europa o número estimado de mortes já excedeu o
de nascimentos entre cristãos, um padrão que se deverá manter nas próximas
décadas.
O estudo revela ainda que, em 2015, para além dos 31% de
fiéis cristãos, dos 24% de muçulmanos e dos 16% de ateus e agnósticos, 15% da
população mundial é hindu e 7%budista.
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