O papa Francisco implorou pela paz no Oriente Médio e na Síria, onde "reinam o horror e a morte", em sua tradicional bênção "Urbi et Orbi" do Domingo de Páscoa.
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Papa rogou a Deus que "conceda a paz a todo o Oriente Médio" – Reprodução |
Ante milhares de fiéis congregados na praça de São Pedro do
Vaticano, o Papa rogou a Deus que "conceda a paz a todo o Oriente
Médio" e ajude "a quem trabalha ativamente para levar alívio e
consolo à população civil da Síria, vítima de uma guerra que não cessar de
semear horror e morte".
Francisco denunciou "o vil ataque" ocorrido no
sábado (15), na periferia de Aleppo contra civis que fugiam e que até o momento
deixou mais de cem mortos.
O pontífice também pediu a Deus que conceda "aos
representantes das Nações o valor de evitar que se propaguem os conflito e acabar
com o tráfico de armas".
Nesta tradicional bênção à cidade e ao mundo após a missa
pascal, o Papa argentina não esqueceu de seu próprio continente.
Pediu a Deus para que "sustente os esforços de quem,
especialmente na América Latina, se compromete a favor do bem comum das
sociedades, tantas vezes marcadas por tensões políticas e sociais, e que, em
alguns casos, é sufocado pela violência".
"Que se construam pontes de diálogo, perseverando na luta contra a praga da corrupção e na busca de soluções pacíficas válidas ante as controvérsias, para o progresso e a consolidação das instituições democráticas, no pleno respeito do estado de direito", afirmou.
O Papa também teve palavras para os deslocados pelos
conflitos, recordando que Cristo "se faz companheiro de caminho de quem se
vê obrigado a deixar a própria terra por causa de conflitos armados, dos
ataques terroristas, das carestias, dos regimes opressivos".
E mencionou, por último, o conflito ucraniano, na esperança
de que Deus ajude um país afligido "por um sangrento conflito, para que
volte a encontrar a concórdia e acompanhe as iniciativas promovidas para
aliviar os dramas de quem sofre as consequências". A missa do Domingo da Ressurreição é a mais importante das
celebrações pascais.
Segurança
Antes da bênção, o Papa celebrou a tradicional missa de
Páscoa, assistida por milhares de pessoas, em meio a um imponente dispositivo
de segurança.
As celebrações de Páscoa, que começaram na Quinta-feira
Santa com uma missa e a tradicional lavagem dos pés por parte do Papa, são alvo
de fortes medidas de segurança depois dos atentados de domingo passado contra
igrejas coptas no Egito.
Todo o bairro em torno da Basílica de São Pedro foi isolado
neste domingo e vários acessos realizarm um controle de bolsas dos peregrinos.
O acesso à praça propriamente só era possível passando por
um portal detector de metais como o dos aeroportos. As autoridades instalaram
cerca de 30 portais em torno da imponente colunata de Bernini, que rodeia a
praça.
Centenas de policiais e membros das forças de segurança
vigiavam as imediações da esplanada, como já haviam feito na véspera, na
Vigília Pacal e na Via Crúcis de Sexta-feira Santa perto do Coliseu.
Na Vigília Pascal, Francisco referiu-se novamente "aos
rostros de quem experimenta o desprezo porque é imigrante, órfão de pátria, de
casa e de família".
Na sexta, depois da Via Crúcis, classificou de
"vergonha o sangue inocente que cotidianamente é derramado por mulheres,
crianças, migrantes e pessoas perseguidas por sua cor de pele, sua etnia, sua
posição social ou sua fé".
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