O advogado faz um apelo a Moraes para que analise com a “máxima urgência” o pedido e que, se não for atendê-lo, coloque-o com celeridade para apreciação do plenário da Corte.
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“O quadro institucional do nosso país passou a sofrer uma forte e acentuada deterioração” – Reprodução |
A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff apresentou na
quarta-feira (24 de maio de 2017), um novo pedido de liminar ao Supremo
Tribunal Federal(STF) para tentar anular o impeachment que a tirou
definitivamente do cargo em agosto de 2016. O processo caiu nas mãos do ministro
recém-chegado Alexandre de Moraes, que assumiu os casos do ministro Teori
Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro deste ano.
Teori já havia indeferido a liminar em outubro do
ano passado, dizendo que “não havia risco às instituições republicanas, ao
estado democrático de direito ou à ordem constitucional”, uma vez que o então
vice-presidente Michel Temer havia ocupado o cargo da titular da
chapa. Na ocasião, o ministro ainda escreveu que levaria para o plenário
do STF apreciar o mérito do caso.
Nesta quarta-feira, o advogado de Dilma, José Eduardo
Cardozo, citou as denúncias da delação de executivos da JBS que
levaram Temer a ser alvo de inquérito no STF por crimes de corrupção, obstrução
da Justiça e organização criminosa para reforçar o pedido de invalidação do
impeachment.
“O quadro institucional do nosso país passou a sofrer
uma forte e acentuada deterioração. Sua Excelência, o Presidente da República,
por revelações que se tornaram fatos notórios, firmadas a partir de delações
premiadas homologadas por este STF, foi atingido frontalmente por denúncias de
corrupção e de tentativa de obstrução da Justiça.
Em decorrência disso, o país passa por hoje por uma crise
política e institucional aguda, em dimensões nunca antes vivenciadas. A cada
dia se evidencia mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual Presidente
da República permanecer no exercício de um mandato, para o qual não foi eleito,
e em que foi indevidamente investido por força de um processo de impeachment
escandalosamente viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a
justificá-lo”, escreveu Cardozo no texto.
Por fim, o advogado faz um apelo a Moraes para que analise
com a “máxima urgência” o pedido e que, se não for atendê-lo,
coloque-o com celeridade para apreciação do plenário da Corte.
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