Os advogados alegam, que a chapa não cometeu irregularidades e pedem a improcedência das denúncias feitas pelo PSDB na ação.
O texto foi elaborado pelo ex-ministro de Dilma – Reprodução |
A defesa da ex-presidente Dilma Roussef (PT) entregou na
noite desta quinta-feira, 1, aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
um parecer que sustenta a tese de que não é possível separar as contas da
petista e de Michel Temer (PMDB) no julgamento que pode cassar a chapa eleita
em 2014 e que será iniciado pela corte no próximo dia 6.
Inicialmente previsto para ser entregue na sexta-feira, 2,
conforme anunciado pelo advogado de Dilma, Flávio Caetano, em coletiva à
imprensa, o parecer foi concluído antes e entregue aos sete ministros do TSE,
em Brasília. O texto foi elaborado pelo ex-ministro de Dilma José Eduardo
Cardozo, que defendeu a petista no processo de impeachment no Congresso, e pelo
auditor contabilista Cláudio Wagner.
No parecer, os autores sustentam que é "juridicamente
descabida a possibilidade de julgamento separado das contas" de Dilma e de
Temer porque a arrecadação feita pelos dois foi usada para a mesma campanha,
que elegeu ambos. A tese contrapõe o parecer elaborado pelo jurista Ives Gandra
da Silva Martins e apresentado pela defesa do peemedebista na corte eleitoral.
O documento diz ainda que, se ficar comprovada alguma
irregularidade, os dois devem ser penalizados, mesmo que não tenham praticado
diretamente o crime. Além disso, os autores sustentam que Dilma ou Temer devem
ficar inelegíveis apenas se houver "demonstração da participação do
candidato nos ilícitos apurados".
Os advogados alegam, no entanto, que a chapa não cometeu
irregularidades e pedem a improcedência das denúncias feitas pelo PSDB na ação.
Em caso de cassação, a defesa sustenta que Dilma continue elegível para cargos
públicos.
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