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14 de jul. de 2017

Em teste vacinas experimentais contra zika conseguiram proteger fetos

Estudo teve participação de pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, no Pará, além de cientistas de instituições americanas.

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Estudo teve participação de pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, no Pará, além de cientistas de instituições americanas.


 A pesquisa também avaliou dois tipos diferentes de vacinas de zika experimentais – Reprodução
A pesquisa também avaliou dois tipos diferentes de vacinas de zika experimentais – Reprodução
Duas vacinas contra zika, ainda em fase de testes, foram capazes de proteger os fetos de fêmeas de camundongos grávidas infectadas pelo vírus. Resultados do experimento, que teve a participação de pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, do Pará, foram publicados n quinta-feira (13) na revista especializada "Cell".

A proteção dos fetos contra o zika é um dos desafios que a ciência tem enfrentado no contexto da epidemia de microcefalia que afetou o Brasil a partir do final de 2015, daí a importância da conclusão do estudo. O vírus da zika aumenta o risco do nascimento de bebês com microcefalia e outros problemas de desenvolvimento quando as mães são infectadas durante a gestação.

A pesquisa, que também envolveu pesquisadores da Universidade de Washington, da Universidade do Texas e do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos, avaliou dois tipos diferentes de vacinas de zika experimentais: uma vacina feita a partir de RNA mensageiro modificado, desenvolvida pela empresa Moderna Therapeutics, e uma vacina de vírus vivo atenuado, desenvolvida em parceria entre o Instituto Evandro Chagas e a Universidade do Texas.

As duas candidatas a vacina foram aplicadas em dois grupos de fêmeas de camundongos. Um outro grupo recebeu um placebo em vez da vacina. Em seguida, as fêmeas cruzaram com machos e as grávidas foram infectadas com a cepa africana do vírus da zika.

Todas as fêmeas foram expostas ao vírus - Foto: Cell/Divulgação)
Todas as fêmeas foram expostas ao vírus - Foto: Cell/Divulgação)
Os fetos das fêmeas que receberam as vacinas experimentais não apresentaram sinais de infecção pelo vírus da zika, diferentemente do que ocorreu com os fetos das fêmeas que receberam placebo. Enquanto o vírus levou a lesões graves na placenta e mortes de fetos nas fêmeas não vacinadas, os fetos das fêmeas imunizadas não apresentaram sinais de RNA de zika, o que indica que as duas candidatas a vacina têm potencial de proteger os bebês dos danos relacionados ao vírus.

Vários grupos ao redor do mundo estão em busca de uma vacina contra o vírus da zika. Algumas candidatas já estão sendo testadas em humanos, mas nenhuma recebeu o registro até o momento.

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