"O rosto de Jacques Hamel se converteu no rosto do repúdio à cultura da morte e ao terrorismo", declarou o presidente Emmanuel Macron em um discurso.
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Os assassinos do padre Hamel, foram abatidos pela polícia ao sair da igreja – Reprodução |
Degolado há um ano por extremistas, o padre Jacques Hamel se
tornou um símbolo de repúdio ao terrorismo na França, que nesta quarta-feira
(26) prestou uma homenagem ao religioso.
"O rosto de Jacques Hamel se converteu no rosto do
repúdio à cultura da morte e ao terrorismo", declarou o presidente
Emmanuel Macron em um discurso feito diante da pequena igreja de
Saint-Etienne-du-Rouvray, onde o padre octogenário foi assassinado em plena
missa.
"Ao pé de seu altar, os dois terroristas acharam que,
provavelmente, causariam nos católicos da França uma sede de vingança e de
represália, mas fracassaram", acrescentou, agradecendo aos habitantes da
pequena localidade do norte da França por darem o exemplo e por serem
"artífices da paz".
Esse assassinato comoveu todo o país, mas motivou várias
iniciativas para reforçar o diálogo entre cristãos e muçulmanos. As homenagens começaram com um minuto de silêncio na hora
exata em que o padre de 85 anos começou a celebrar sua missa frente a cinco
fiéis, antes de ser esfaqueado e, então, degolado.
Este ataque aconteceu menos de duas semanas depois de um
atentado em Nice, na Riviera Francesa, no qual 86 pessoas morreram.
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O padre poderá ser beatificado, se o papa Francisco aceitar – Reprodução |
Os assassinos do padre Hamel, dois homens de 19 anos que
declararam sua lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), foram abatidos pela
polícia ao sair da igreja, portando facas e cinturões explosivos. Depois,
descobriu-se que os cinturões eram falsos.
Além de Macron, o primeiro-ministro francês, Edouard
Philippe, e o ministro do Interior, Gérard Collomb, participaram da cerimônia,
que também contou com representantes da comunidade muçulmana.
Depois da missa, foi inaugurado um monumento à paz,
fraternidade e em memória do religioso perto da igreja em que ele faleceu.
O padre poderá ser beatificado, se o papa Francisco aceitar
encurtar excepcionalmente o prazo para a abertura do processo que, em geral,
inicia-se cinco anos após a morte da pessoa.
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