Usuários se preocupam com autonomia do aparelho, mas duração de celulares está ligada diretamente à validade das baterias.
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Aparelhos que são recarregados três vezes por dia em média teriam cerca de dois anos de vida – Reprodução |
Na hora de comprar um celular, você se preocupa com quanto
tempo a bateria dura sem ter que recarregar? Muita gente pensa assim. E uma
pesquisa da agência de consultoria IDC mostra que a bateria é o terceiro fator
atrás de preço e câmera mais importante para o consumidor. Faz sentido se
preocupar tanto com a bateria. Ela é uma das maiores responsáveis pelo tempo de
vida do aparelho, segundo Leonardo Munin, analista da IDC na América Latina.
Como a bateria tem um ciclo de mil recargas, e os aparelhos
são recarregados três vezes por dia em média, os celulares teriam cerca de dois
anos de vida.
“Como o preço de uma nova bateria é muito elevado, quando
você vai trocar às vezes nem compensa e acaba comprando um aparelho”, explica
Maria de Fátima Rosolem, pesquisadora de do Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
Mas a bateria envelhece?
As baterias de íon de lítio, usadas pela maior parte dos
fabricantes de smartphones, utilizam reações químicas como uma das bases de seu
armazenamento de energia. E os compostos parte das reações se desgastam
conforme o aparelho é recarregado e descarregado.
“Desde que foi introduzida, essa tecnologia apresentou um
salto gigantesco, e as químicas evoluíram muito”, afirma a pesquisadora. Por
que, então, os smartphones atuais não conseguem passar dias sem serem
recarregados como seus antepassados “burros”?
“Por um lado, você tem a bateria que evoluiu bastante, e por
outro você tem o celular que deixou de ser um simples telefone. Aliás, hoje a
coisa que você menos faz é falar nele. Um smartphone não duraria nada com uma
bateria daquelas antigas”, diz Rosolem.
Agora, o consumidor não precisa mais se preocupar se o
aparelho ficará “viciado”, quando a bateria dura cada vez menos. O fenômeno era
comum em modelos de níquel cádmio, tecnologia que não é mais usada em aparelhos
mais modernos.
Novas baterias
Cientistas do Instituto de Pesquisas Toyota da América do
Norte trabalham em baterias à base de magnésio, que prometem densidade muito
maior, além de serem mais baratas e terem vidas mais longas. As pesquisas estão
em fase de testes e devem demorar anos até chegarem ao mercado.
Já uma equipe da universidade americana de Drexel desenvolve
uma bateria com um material supercondutor que permite carregamento completo em
segundos. Para celulares, pode parecer exagero, mas pode resolver problemas de
veículos elétricos.
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