A pílula é terrível por ser responsável por aborto – Reprodução |
Dizem que existem riscos de formação de coágulos de sangue,
doenças do coração, câncer e outros problemas graves. Para algumas pessoas, a
pílula é terrível por ser responsável por aborto e para outras ela pode deixar
mulheres inférteis.
Entre tantos rumores, o que é verdade?
A pílula do dia seguinte é uma alternativa contraceptiva de
emergência que, como todo medicamento, possui indicações, contraindicações e
efeitos colaterais. Apesar de oferecer riscos, ela também pode ser recomendada
por médicos apresenta eficácia próxima de 90% quando utilizada nas primeiras
horas após a relação sexual sem proteção.
As pílulas são conhecidas como método de contracepção de
emergência, mas a palavra emergência não precisa te assustar. Segundo a Dr.
Charlotte Wilken-Jensen, Diretora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia
do Hospital Hvidovre, na Dinamarca, grande parte dos rumores que ouvimos sobre
a pílula são falsos.
Uma única pílula do dia seguinte contêm o mesmo hormônio
encontrado na maioria das pílulas contraceptivas, porém em doses muito mais
altas que visam impedir a ovulação ou fecundação do óvulo. Por mais que isso
nem sempre represente um risco de problema grave de saúde, a ingestão de altas
doses hormonais pode afetar mulheres.
No passado, era comum que mulheres tomassem várias pílulas
anticoncepcionais de uma vez para evitar a gravidez depois do sexo sem
proteção, mas a concentração de hormônios causava náusea e vômitos. Pensando
nisso, os médicos desenvolveram uma nova forma recebida melhor pelo corpo
humano.
Por conta disso, a pílula do dia seguinte pode ser
recomendada para mulheres que possuem problemas para tomar anticoncepcionais
comuns, por exemplo, assim como utilizada como plano de emergência de quem já
faz acompanhamento. Porém, é fundamental que médicos sejam consultados antes da
decisão de um método contraceptivo.
Apesar dos riscos não serem tão graves como os rumores
apontam, os médicos concordam que os efeitos colaterais da pílula do dia
seguinte podem piorar quando ela é consumida com frequência. Entre os efeitos
estão náusea, vômito, diarreia, dor de cabeça, retenção de líquidos e cansaço e
eles podem durar até três dias, em alguns casos.
O uso regular de pílulas do dia seguinte, além de tudo, não
é prático. O custo frequente do medicamento é mais elevado, além de apresentar
menos eficácia que pílulas comuns ou camisinhas. Para piorar, o uso repetitivo
pode bagunçar o ciclo menstrual, dificultado a prevenção de gravidez no futuro.
A maioria das pílulas que podem ser encontradas em farmácias
podem ser consumidas em até 72 horas (ou dias) depois de uma relação sexual sem
proteção. Em casos em que o sexo já aconteceu há mais de três dias, algumas
pílulas podem funcionar em até cinco dias, mas alguns ingredientes dessa
variante podem não interagir bem com os hormônios dos anticoncepcionais
diários. Como ainda não há estudos suficientes sobre os efeitos dessas pílulas
a longo prazo no corpo humano, alguns médicos recomendam maior atenção e
cautela nas pílulas de longa duração.
É importante lembrar que o efeito da pílula do dia seguinte
não é cumulativo. Isso significa que tomar um comprimido não previne a gravidez
nas relações sexuais seguintes. Também é fundamental saber que mulheres que
estão amamentando ou apresentam problemas de metabolismo, hipertensão,
alterações na coagulação do sangue ou obesidade não podem utilizar o
medicamento. Em caso de dúvida sobre os riscos, o ideal é consultar um médico.
Como deu para perceber, os riscos são menores do que os
rumores apontam, mas isso não quer dizer que eles não existem. Por conta da
confusão hormonal provocada no corpo, talvez a pílula deva continuar apenas
como método de emergência em casos inesperados, tanto pela saúde como pela
praticidade.
Fonte: Fatos Desconhecidos/S1Noticias
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