![]() |
Dona Amara de 92 anos Fotos: Cauê Rodrigues |
Comemorar 90 anos já é um fato pouco comum ao ser humano.
Mas ter a benção de se tornar nonagenária com a maior lucidez, boa saúde,
cercada de descendentes, estimadíssima pela comunidade e, olhando ao passado poder recordar desde a primeira infância, é uma graça que Deus, só concede a
seres iluminados e privilegiados. A senhora Amara Francisca da Conceição é um
deles.
Nesta quarta-feira (14 de outubro de 2013), está comemorando
seus belos e bem vividos 92 anos. Mais do que uma efeméride familiar, um evento
para se lembrar de uma das mais admiráveis mulheres-símbolos da cidade de
Tabira, no sertão pernambucano que há muito se modificou. Pessoas admiráveis
que, por tantas décadas, deram sua contribuição à cidade - e a Pernambuco.
Bastaria falar dos muitos anos de trabalhos na agricultura em várias cidades
para criar seus 08 filhos; José Leandro, Pedro, Sebastião, Maria de Lourdes,
Quitéria, Maria da Glória, Antônio e Rosa Maria Leandro.
Filha de Antônio Inácio e Dona Maria da Conceição,
agricultores, decidiram vir morar na cidade de Tabira devido a água em
ambulância, o que facilitava a vida do agricultor. Dona Amara teve cinco irmãos
e casou-se em 1945 com o senhor João Leandro da Silva, de quem vive separada.
Dona Amara, nasceu na cidade de Panela, região zona da mata de Pernambuco em 14
de Agosto de 1921 e com dois anos de idade seus pais passaram a residir em
Tabira, onde a mesma vive até os dias de hoje. A mesma é avó de 16 netos, 18 bisnetos e
03 tataranetos.
É devota de muitos santos, mas em especial ao Sagrado
Coração de Jesus e afirma que a única coisa que sente falta em sua vida é de
ter sido alfabetizada.
Indagada como era Tabira quando a mesma chegou à cidade,
Dona Amara afirmou que eram pouquíssimas casas e uma capela, onde hoje é a
igreja matriz de Nossa Senhora dos Remédios. Não sente vontade de voltar a
cidade de Panela, afirma que sua vida foi construída em Tabira. Tímida e sempre
cercada de filhos, dona Amara é avó materna do comunicador Vagner Leandro.
Enfim, uma guerreira que ao lado dos filhos, mãe, dona de
casa ativa, participante de tantos movimentos e instituições, chega aos 92
anos, na maior lucidez e contemplando toda uma vida da maior dignidade pessoal
e cultural, merece que, nesta quarta feira, nos levantemos e a abracemos,
desejando que chegue ao seu centenário com a mesma luminosidade que teve até
hoje.
Por Cauê Rodrigues
0 comentários:
Postar um comentário