A expectativa em 2017 é de estabilidade para o número de casos de dengue e zika, mas com ampliação das notificações de chikungunya.
![]() |
Desde outubro de 2015, foram 2.289 casos de microcefalia registrados no Brasil – Reprodução |
Em balanço de 200 dias de trabalho, o ministro da Saúde,
Ricardo Barros, disse nesta segunda-feira, 26, que o combate ao mosquito Aedes
aegypti é o maior desafio de 2017 na área de saúde pública. Com a expectativa
de fechar 2016 com um crescimento dos casos de febre chikungunya em 627%, o
ministro reiterou que o problema é sério porque o mosquito é o transmissor
universal de vírus, que começou com a epidemia de dengue, zika e agora
chikungunya.
“Cada cidadão é responsável pelo combate ao mosquito. Não há força pública capaz de estar em todos os lugares eliminando os focos”, disse.
O governo previa entregar neste mês os repelentes para as
484 mil gestantes inscritas no programa Bolsa Família, mas atrasos no processo
de compra do produto impediram o cumprimento do prazo. “Lamentavelmente a
burocracia tem nos atrasado”, reclamou o ministro.
Embora tenham feito uma economia de R$ 128 milhões e
comprado um produto com eficácia de 10 horas, ainda não há prazo para a entrega
dos repelentes. A licitação já foi concluída e agora é aguardar para que nenhum
concorrente da licitação entre com o recurso. Vencido os prazos de recurso, os
repelentes devem começar a ser distribuídos em 15 dias após a assinatura de
contrato.
A expectativa em 2017 é de estabilidade para o número de
casos de dengue e zika, mas com ampliação das notificações de chikungunya.
Levantamento de 10 de dezembro mostra queda de 9,1% dos casos de dengue
(1.487.673 casos ao total), 211.770 casos prováveis de zika (nem todos tiveram
constatação com teste) e 263.589 casos prováveis de chikungunya.
Desde outubro de 2015, foram 2.289 casos de microcefalia
registrados no Brasil e, em um ano, houve uma redução em 86% dos nascimentos de
bebês com microcefalia. “Está controlado. O susto fez com que as pessoas se cuidassem”,
concluiu o ministro.
Outra ação do governo foi a compra de 3,5 milhões de testes
rápidos para zika. O teste permite identificar em 20 minutos se o paciente está
ou já foi infectado pelo vírus. Além das ações de combate, estão sendo
investidos R$ 10 milhões para vacina contra a doença pelo Instituto Evandro
Chagas (em parceria com a Universidade do Texas), outros R$ 11,6 milhões para o
desenvolvimento da vacina da zika pela Fiocruz e R$ 100 milhões para pesquisa
clínica da vacina da dengue pelo Instituto Butantan.
0 comentários:
Postar um comentário