No total, os surtos envolveram 836 casos, predominantemente referentes a adolescentes e a adultos jovens no ano passado
Casos foram percebidos na região Sul e Sudeste e no Centro-oeste e Nordeste do País – Reprodução |
Setenta e seis surtos de caxumba foram registrados em
Pernambuco no ano passado. No total, os surtos envolveram 836 casos,
predominantemente referentes a adolescentes e a adultos jovens. Em 2015, não
houve nenhum caso. Mas, foi nesse ano que uma alteração no padrão de circulação
da caxumba se apresenta em diferentes regiões do País, e um aumento na
ocorrência de surtos tem sido observado.
Inicialmente, a crescente nos casos foram percebidos na região Sul e Sudeste e,
posteriormente, no Centro-oeste e Nordeste do País. Foi em maio de 2016 que
Pernambuco passou a registrar incomumente a caxumba.
A doença, também conhecida como papeira, é, desde setembro
do ano passado, de notificação compulsória. Na ocorrência de pacientes
suspeitos em qualquer lugar do Estado, a unidade de saúde precisa comunicar
imediatamente à Secretaria Estadual de Saúde.
A intenção é que os municípios, com o apoio da secretaria de Pernambuco, tomem
medidas necessárias para o bloqueio de novos casos. O perigo de não tentar
neutralizar o vírus rapidamente está na característica contagiosa da caxumba.
Ela pode se espalhar facilmente através da saliva infectada pelo vírus que
causa a doença.
Quem não é vacinado pode contraí-la até durante uma conversa
realizada próxima à pessoa infectada. Beijar, compartilhar talheres, copos e
pratos, então tornam-se canais de fácil contágio. Os surtos, como os 76
identificados em Pernambuco no ano passado, significam o surgimento de várias
pessoas doentes em uma mesma localidade, o que indica que esse tipo de contágio
está desenfreado. O foco da doença está na Região Metropolitana, cujas 14
cidades apresentaram 68 casos, quase 90% do total de casos de todo o Estado.
“A imunização é a principal forma de proteção contra a
doença. Além disso, com uma só vacina a pessoa fica protegida também contra a
rubéola e o sarampo, doença com casos recentes nos Estados Unidos, Europa e
outras regiões do mundo”, ressaltou o diretor geral de Controle de Doenças e
Agravos da Secretaria Estadual de Saúde (SES), George Dimech.
Sempre que os surtos ocorrem, a SES reforça a importância da
vacinação como medida preventiva contra a enfermidade. Isso porque a imunização
contra a caxumba é a principal e mais eficiente maneira de proteger um
indivíduo. É uma espécie de barreira na sequência do contágio e,
consequentemente, de surtos.
A imunização é feita por meio de aplicação da vacina tríplice viral, que
fornece proteção também contra rubéola e sarampo. De acordo com o calendário de
vacinação brasileiro, ela deve ser aplicada nas crianças aos 12 meses. Após
essa dose, é ainda feito um reforço aos 15 meses com a tetra viral que imuniza
o bebê também contra a varicela, além das que compõem a tríplice viral.
Para as crianças acima de 2 anos que não foram vacinadas aos
12 meses, e adultos entre 20 e 29 anos não imunizados ou que não sabem se foram
vacinados, a indicação é aplicar a tríplice viral em duas etapas, com intervalo
de 30 dias entre elas. Já os adultos dos 30 aos 49 anos não imunizados ou que
não sabem se foram vacinados, devem procurar os postos de saúde.
Sintomas
Quem contrai a doença sofre, principalmente, com o inchaço das glândulas
salivares. O problema chama a atenção visualmente pela posição do órgão no
pescoço.
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