Denise Saraceni começa a rodar hoje o filme sobre o pioneiro da MPB, um homem de grandes feitos, boas histórias e que precisa ser relembrado para as novas gerações.
"Eu quero tudo o que esse cara pode contribuir para as gerações de hoje" – Reprodução |
A Música Popular Brasileira, pode se dizer, celebra 100 anos
em 2017. Isso porque, lá nos idos de 1917, nascia o seu primeiro grande hino:
"Carinhoso", canção escrita por Alfredo da Rocha Vianna Filho sabe
quem é? Pois, bem mais que associar o nome de batismo ao artista, a data
propícia não passará em branco e permitirá um resgate de todo o legado desse
pioneiro da cultura nacional. Começam hoje, no Rio de Janeiro, as filmagens
de Pixinguinha - Um Homem Carinhoso.
"Eu quero tudo o que esse cara pode contribuir para as
gerações de hoje", declara uma motivada Denise
Saraceni (Ligações Perigosas) em entrevista exclusiva ao AdoroCinema.
O desafio da diretora é grande, mas ela terá à sua disposição o carisma de dois
artistas à altura: Taís Araújo (O Roubo da Taça), como Beti;
e Seu Jorge (Cidade de Deus) na pele (e voz, no talento, de corpo e
alma) de Pixinguinha.
"É um privilégio", revela Seu Jorge, feliz em ser
escolhido em meio a "tantas pessoas interessantes no mundo". Iniciado
nos instrumentos célebres de Pixinguinha, flauta e saxofone, ele trata a
responsabilidade como a realização de um sonho. "Eu sempre quis fazer um
filme interpretando um músico. Mas não um cantor. Sempre sonhei em fazer um
instrumentista. E eu estou tendo a sorte da vida de interpretar o grande negro
instrumentista
Outro elemento de destaque em Pixinguinha Um Homem
Carinhoso será a música claro! Se o curto tempo de pré-produção (e
produção, cinco semanas) impedem Seu Jorge e os outros músicos de tocar ao vivo
no set, os arranjos do maestro Cristovão Bastos, o tom de liberdade do filme e
o ritmo do choro ao jazz serão os trunfos de Saraceni para conseguir o que
busca: com "uma história de instigar", fazer as pessoas saírem da
sessão com vontade de conhecer mais sobre a vida e a arte de Pixinguinha.
"A responsabilidade é respeitar essa história. Não fazer um filme pobre de espírito. Tudo do Pixinguinha é genial, lírico,
emocionante... Ele foi engraçado, divertido são muitos adjetivos. Mas ele nunca
foi um cara pobre de espírito. Ele pensava com simplicidade, mas o resultado do
que ele fazia era deslumbrante. O objetivo é ser simples e respeitoso ao
personagem", revela Denise Saraceni, que finaliza: "Eu quero fazer um
filme lúdico, um filme aberto, e que se assemelhe ao temperamento do
Pixinguinha."
A previsão de lançamento de Pixinguinha Um Homem
Carinhoso será outubro de 2017.
0 comentários:
Postar um comentário